Em Dia de Pentecostes, D. Nuno Brás presidiu, na Sé do Funchal, a uma Eucaristia com que se assinalou esta solenidade, mas também onde se deu graças pelos 75 anos do Posto Emissor do Funchal, celebrados precisamente nesse dia.
No início da celebração, o prelado saudou “os funcionários, a administração e todos quantos nos acompanham nesta celebração, aqueles para quem o Posto Emissor é uma companhia diária, uma voz amiga, que ajuda a passar horas difíceis, que ajuda a tornar a vida mais alegre, mais optimista”.
O bispo do Funchal recordou também “todos aqueles que, de uma forma ou de outra estiveram ligados ao PEF, e que o Senhor já chamou a si, pedindo-Lhe que Ele os acolha no seu reino, onde podem viver já esta realidade enorme e única do amor trinitário do Pai pelo Filho, no Espírito Santo”.
Já na homilia, o bispo do Funchal começou por lembrar que o “Espírito Santo é o princípio da comunicação. Quer dizer, “é o Espírito Santo que nos dá a possibilidade de colocarmos em comum aquelas realidades interiores únicas”.
Isso é comunicação, vincou, para logo acrescentar que “muito mais do que ser transmissão de informação, a comunicação é tornar comum estas realidades que de outra forma nos fariam seres isolados”. Ou seja, “o Espírito Santo é aquela realidade divina que está presente em nós desde a criação” e é a “linguagem do amor que Deus colocou nos nossos corações”.
Todo e qualquer comunicador cristão tem, por isso, esta missão de “ajudar a tornar comum, a fazer de tantas diversidades uma realidade comum: Jesus Cristo ressuscitado”.
“Esta é a missão, podemos e devemos dizê-lo, do Posto Emissor do Funchal de há 75 anos a esta parte: tornar comum, ajudar tantos que estão sozinhos, isolados, tantos cuja vida é diferente se tiverem esta realidade comunicativa”, constatou D. Nuno Brás.
A terminar, o prelado exortou a assembleia e os ouvintes “a pedir ao Senhor que ajude todos quantos colaboram no Posto Emissor do Funchal a cumprirem esta sua missão tão nobre e tão importante, de uma forma muito particular no meio de nós, desta sociedade de indivíduos que estão cada qual para seu lado” e que “nós próprios sejamos princípio de comunicação, quer dizer, princípio de comunhão onde quer que estejamos”.
Recorde-se que estas comemorações iniciaram-se a 27 de maio, com um jantar que reuniu administradores, funcionários e colaboradores, tendo D. Nuno Brás destacado na oportunidade o papel importante desta rádio junto da comunidade madeirense, sendo uma voz forte e presente junto dos ouvintes, e o esforço de todas as pessoas que fazem parte do PEF para que assim seja.
Falando do futuro e da aposta da rádio na sua modernização, D. Nuno Brás mostrou a sua satisfação pelos passos que, apesar das dificuldades, estão a ser dados.
Já Nuno Ferreira, diretor executivo do PEF, destacou também todo o esforço desenvolvido por todos sem excepção para que, apesar das inúmeras dificuldades a estação continue a ser uma referência.
Anunciou também que a mudança para as novas instalações, na Rua Fernão Ornelas, acontecerá em breve e que a candidatura a fundos europeus vai permitir dar o salto fundamental para o digital.
