Perdem o melhor da vida!

D.R.

Não sei o que é não ter fé. Claro que tive e tenho momentos de dúvida, momentos de escuridão, em que tudo parece incerto — e outros momentos em que tudo parece demasiado bom para ser verdade.

Não sei o que é não ter fé. Mas sei como é bom acreditar. Como dizia há dias um meu amigo: “é maravilhoso viver com Jesus Cristo”.

É maravilhoso perceber que, como diz o salmo, “O dia transmite ao outro esta mensagem, e a noite a dá a conhecer à outra noite” (Sl 18). Quer dizer: é espantoso olhar a natureza e perceber como ela nos fala de Deus e da sua bondade.

É maravilhoso perceber como Deus cuida de nós e nos oferece um reflexo de Si em cada ser humano: como o outro nos convida a deixar o egoísmo e os esquemas que cada um fabrica para si, para descobrir a alegria do serviço e da entre-ajuda.

É maravilhoso perceber e viver a fé no seio do mistério da Igreja — deste povo de Deus que, há dois mil anos, caminha na história e que hoje, espalhado pelo mundo inteiro, continua a dar testemunho da ressurreição de Jesus e da vida nova que Ele nos ganhou. Sim: essa Igreja onde tantos, por fora, só vêem o fosco vidro do pecado, é um maravilhoso vitral para aqueles que ousam entrar e dar uns passos pelo seu interior. Uma obra de arte que diz o Deus connosco, em todos os momentos da nossa vida. Uma obra de arte que atesta: é verdade, Deus fez-se homem para estar ao nosso alcance, para que O possamos conhecer.

Não sei o que é não ter fé. E tenho pena que aqueles que não acreditam não possam experimentar o bom que é viver como crente. Perdem o melhor da vida, mesmo que se distraiam com estes natais de plástico que nos querem servir!