Lisboa: Faleceu Maria Luísa Paiva Boléo, catequista e formadora de catequistas

Foto: Ecclesia

Faleceu no domingo, 28 de abril, aos 82 anos, a catequista Maria Luísa Paiva Boléo, colaboradora do Secretariado Nacional da Educação Cristã (1974 – 1981) e do Secretariado Diocesano da Catequese do Patriarcado de Lisboa (1961- 2024).

O Secretariado Diocesano da Educação Cristã do Funchal reza pelo descanso eterno desta catequista e recorda a sua participação no Dia Diocesano do Catequista: “Damos graças pela vida e rezamos pelo descanso eterno de Maria Luísa Paiva Boléo, que esteve entre nós no Dia Diocesano do Catequista de 2011 e outras ocasiões”.

A irmã Arminda Faustino, coordenadora do Departamento de Catequese no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), recorda esta figura da catequese portuguesa, considerando-a “uma catequista no sentido pleno do termo” e “uma inspiração para todos os catequistas”.

O diretor do Setor da Catequese do Patriarcado de Lisboa, padre Tiago Neto, destacou a obra de Maria Luísa Trincão de Paiva Boléo: “É grande a nossa gratidão pela fidelidade do seu testemunho, pela sabedoria do seu ensinamento e pela sua paixão pela catequese”.

Publicamos na íntegra a nota biográfica do Patriarcado de Lisboa:

“Fui catequista sempre!”

Natural da paróquia da Sé, Maria Luísa Paiva Boléo nasceu em 1941, numa família cristã, na qual teve “o Despertar Religioso e depois a Catequese Familiar, até aos 10 anos”, segundo recordou, durante a homenagem que o Patriarcado de Lisboa lhe prestou, a 2 de fevereiro do ano passado. Começou a dar catequese com 15 anos, em outubro de 1956, na paróquia de São João de Deus, em Lisboa, “a convite do pároco”. Nessa época, “estavam a começar no Patriarcado os cursos de catequistas”, tendo Maria Luísa feito a formação “durante três anos seguidos”, entre 1959 e 1962. A entrada para o Secretariado Diocesano da Catequese de Lisboa acontece em outubro de 1961 e participa, com 21 anos, no primeiro curso de formação de catequistas formadoras do Patriarcado, em Sintra, entre 23 e 30 de julho de 1962, “com o senhor padre Canas”. Nesse ano, em outubro, começa a atividade de catequista formadora.

Naquela noite do ano passado, na paróquia da Portela, Maria Luísa Paiva Boléo recordou, também, a formação de catequistas de Lisboa, Porto e Coimbra, a experiência missionária em Angola, de 1972 a 1974, a colaboração com o Secretariado Nacional da Educação Cristã, entre setembro de 1974 a março de 1981, e o regresso ao Secretariado Diocesano da Catequese de Lisboa, em setembro de 1981. A juntar a este serviço, foi professora de Educação Moral e Religiosa Católica, entre 1968 e 1972 e novamente de 1981 a 2006, ano em que se reformou. “Fui catequista sempre!”, garantiu Maria Luísa Paiva Boléo, terminado esta sua ‘catequese’ sobre ‘A alegria de ser catequista’ com uma frase que resume a sua vida: “A alegria de ser catequista antecipa nesta terra a alegria plena da eternidade. E por isso posso dizer, por tudo quanto tenho vivido e podido partilhar, que dou graças ao Senhor. É a Ele que se deve dar graças, realmente”.

Presente na sessão de homenagem a Maria Luísa Paiva Boléo, o então Cardeal-Patriarca de Lisboa garantiu que “maior alegria não pode haver, para quem conhece a Jesus Cristo, do que falar d’Ele”. “Maria Luísa, muito obrigado porque é assim a vida da Igreja, é nós partilharmos, uns com os outros, os nossos percursos cristãos com aquilo que a vida nos foi trazendo e a Igreja nos foi pedindo. Muito obrigado, Maria Luísa”, terminou D. Manuel Clemente.