D. Nuno Brás esteve nos passados dias 20 e 21, nas paróquias do Jardim do Mar e Paul do Mar onde ministrou o sacramento do crisma a 8 e 26 jovens respetivamente.
Na homilia da Eucaristia do Paul do Mar, D. Nuno Brás começou por dizer aos jovens que tinha visitado, recentemente, uma exposição que tinha uma instalação formada por um escorrega cortado ao meio com uma parede à frente. Ou seja, quem tentasse andar no escorrega inevitavelmente iria bater na parede.
Esta obra, explicou o prelado, deixou-o a “pensar naquilo que é a nossa vida… nós também vamos na nossa vida, escorregamos e depois batemos numa parede, chamada morte”. Parece, acrescentou, “que ficamos com a vida interrompida”, sendo esta “a realidade de todo e qualquer ser humano”.
No entanto, “a boa notícia que nós cristãos, temos para dar e para dar ao mundo inteiro é que Jesus Cristo rompeu esta parede, Ele fez um rombo e um buraco nesta parede e deu-nos possibilidade de passar para o outro lado, de passar para Deus”. E é por isso, continuou, que “Jesus é o nosso salvador porque, a cada um de nós ele dá esta possibilidade de não ter a sua vida interrompida, mas antes de viver a vida eterna”.
É por isso que Jesus Cristo “tem alguma coisa a dizer não apenas a nós, mas a todo e qualquer ser humano”. Ele diz, por exemplo, “que a parede não é uma fatalidade, que a nossa vida não tem de ser interrompida, Ele diz que o destino da nossa vida é a vida eterna com Deus”.
Em Dia de Cristo Rei, o prelado explicou também que “quando dizemos que Jesus é Rei “estamos a dizer que ele rege a nossa vida, o que significa que Ele dá um sentido novo à nossa vida e que a nossa vida com Ele ganha um horizonte completamente diferente, deixa de ter aquela parede”.
É por tudo isto, acrescentou, que não podemos deixar de nos interrogar que lugar ocupa Jesus Cristo na nossa vida”, ou seja, “ vives para a tua vida terminar numa parede ou vives sabendo que a tua vida tem o horizonte da eternidade, vives para o aqui e agora ou olhas mais longe”.
“Jesus Cristo leva-nos a ver para além da parede, conduz-nos à esperança”, frisou D. Nuno para logo sublinhar que “esta é a questão que se coloca, hoje, a todos nós ao celebrarmos Jesus Cristo, rei do universo, Jesus Cristo que dá o ritmo a todo o universo”.
D. Nuno terminou a sua reflexão pedindo aos crismandos e a toda a restante assembleia que, num momento de silêncio, dissessem ao Senhor que “queremos que Ele tenha um lugar de quem rege a nossa vida, de quem dá o ritmo, de quem indica o caminho de quem é a luz que mostra para onde caminhar, que queremos viver com Ele e por porque sabemos que com Ele a nossa vida não termina numa parede, não é uma vida interrompida, mas uma vida cheia de sentido”.
Coube ao Pe. Paulo Silva, pároco das duas paróquias, apresentar em momento próprio os grupos e no final das celebrações agradecer a todos aqueles que “tornaram possível este acontecimento”.
O sacerdote agradeceu também a presença do bispo diocesano, que na véspera havia celebrado 10 anos de episcopado, desejando que D. Nuno Brás “continue a ser para esta Igreja Diocesana um farol, um caminho, uma luz que indica o caminho”.
Aos crismados o sacerdote desejou que “esta graça com que o senhor os iluminou os fortaleça pela vida fora, incentivando e fazendo-os acolher os que os ajudam a seguir o caminho” e em cada momento a discernir aquilo que é pedido a cada um.
Já D. Nuno Brás agradeceu ao pároco e aos catequistas e disse aos crismados que conta com eles para participarem nas Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa, em 2023.
