Martim e Maria: Um jovem casal em preparação para o matrimónio 

D.R.

Nesta Semana de Oração pelas Vocações estamos a falar com quem abraçou diferentes chamamentos. Ontem conhecemos um pouco melhor um sacerdote diocesano. Hoje partilhamos com os nossos leitores um pouco da história do Martim e da Maria. Com nove anos de namoro, o tema casamento começou a surgir com alguma frequência em conversas de amigos e familiares do casal, que se prepara para o grande dia. O conselho que deixam a outros noivos, é que “elejam um sacerdote com o qual se identifiquem e que o mesmo vos ajude a percorrer esta estrada, fazendo-vos conversar sobre todas as temáticas associadas direta ou indiretamente ao casamento.”   

Jornal da Madeira A vida é, por si só, uma vocação. Escolher viver a vida ao lado de outra pessoa eu diria que é uma vocação a dobrar… Concordam?   

Martim e Maria Sem dúvida que sim e temos que nos considerar uns sortudos por nos termos um ao outro. Grande parte desta vocação advém também do exemplo que temos dos nossos Pais e Avós, pois sem eles este caminho poderia não ser tão lógico e vocacional. Temos que ser muito gratos a quem nos criou, educou e fez crescer.   

Jornal da Madeira Quando e onde se conheceram? 

Martim e Maria Conhecemo-nos no Funchal, mais propriamente nas explicações de Geometria Descritiva, no ano de 2007 ou 2008.

Jornal da Madeira Há quantos anos namoram?  

Martim e Maria Namoramos há nove anos, desde o início dos tempos de faculdade.  

O tema casamento começou a surgir com alguma frequência em conversas de amigos e familiares. Era algo sobre o qual já tínhamos falado e atribuíamos ao mesmo a máxima importância

Jornal da Madeira Quando é que tomaram a decisão de passar do namoro a algo ainda mais sério, e que percurso preparatório estão a fazer para esse grande dia?  

Martim e Maria O Martim e eu começámos a namorar no meu primeiro ano de faculdade (segundo do Martim), sendo que a aproximação aconteceu por via de amigos em comum. Com o passar dos anos, fomos amadurecendo (não só nós, como as nossas ideias) e rapidamente percebemos que os nossos objetivos para a vida futura eram coincidentes, os ideais também, assim como a forte vertente do exemplo familiar, a qual foi sempre constante nas Famílias de ambos. Aqui começava a crescer a base para o que queríamos construir: uma Família. O tema casamento começou a surgir com alguma frequência em conversas de amigos e familiares. Era algo sobre o qual já tínhamos falado e atribuíamos ao mesmo a máxima importância: sabíamos que era um objetivo comum muito forte, mas quisemos ter a certeza que daríamos o passo na altura certa – se é que existe altura certa, talvez aquela que nos parecesse mais certa. Quisemos assegurar estabilidade laboral, por forma a permitir fazer crescer uma Família. De igual forma se processa com a construção de uma casa: se as fundações não são fortes o suficiente ou se ou terreno não é estável, mais complicado será conseguir aumentar um andar sem que nasçam fendas. E é para a inexistência de fendas que temos trabalhado nestes meses de preparação para o casamento. Temos tido reuniões regulares com o sacerdote que irá abençoar o nosso matrimónio – Padre Francisco Sassetti -, antes das quais nos são atribuídos trabalhos de casa, com o intuito de trazer temáticas importantes para cima da mesa. Tem sido um caminho muito enriquecedor, para o qual também contribuiu o CPM que fizemos em Sintra, conduzido pelo Padre Carlos Azevedo Mendes, onde estavam vários casais mais experientes, com os quais pudemos falar, colocar as nossas questões e, acima de tudo, absorver todos os ensinamentos que tinham para nos dar. Foi essencial.  

O conselho que deixamos é que os noivos elejam um sacerdote com o qual se identifiquem e que o mesmo vos ajude a percorrer esta estrada, fazendo-vos conversar sobre todas as temáticas associadas direta ou indiretamente ao casamento.  

Jornal da Madeira Acham que essa preparação vos pode ajudar na futura vida em comum e recomendam a outros casais de noivos que a façam?  

Martim e Maria O caminho que estamos a percorrer é fulcral para O ter cada vez mais perto de nós. Nunca podemos perder de vista o compromisso que iremos assumir: Ele será a chave essencial do matrimónio e com quem devemos contar nos momentos mais difíceis, ou onde possam surgir dúvidas ou adversidades. Outro papel que achamos fundamental é aquele que atribuímos aos padrinhos. Os padrinhos deverão ser as pessoas que intervêm quando é necessário, que chamam o casal à razão quando o rumo possa não parecer tão fixo e que estejam lá para celebrar, sempre. Têm a função de anjo da guarda. É fundamental percorrer todo este caminho. O conselho que deixamos é que os noivos elejam um sacerdote com o qual se identifiquem e que o mesmo vos ajude a percorrer esta estrada, fazendo-vos conversar sobre todas as temáticas associadas direta ou indiretamente ao casamento.  

Jornal da Madeira Com os diferentes afazeres que cada um vai ter depois de casados, que estratégias pensam adotar para não perder de vista a vossa fé, e a sua prática individual, reforçando a caminhada conjunta?  

Martim e Maria Iremos estar perante um matrimónio constituído por três pessoas: Ele, o Martim e eu. Da mesma forma que o Martim e eu estaremos na mesma casa, não poderíamos deixar de O visitar na sua. Quando convidamos alguém para nossa casa, queremos sempre receber da melhor forma, com o maior requinte, dando-lhe a máxima atenção. O mesmo acontece com Ele – não o podemos convidar para esta festa e consagração e depois deixá-lo à porta. Além de o trazermos para dentro de casa, é essencial que O visitemos na sua. Nunca é excessivo reforçar as fundações da casa.  

Jornal da Madeira Que conselho deixam aos jovens que pretendem contrair matrimónio religioso? 

Martim e Maria Façam-no, é maravilhoso todo este acompanhamento e caminho que temos vindo a percorrer. É de extrema importância o guiar e encaminhar de quem irá abençoar o vosso matrimónio, para que a cerimónia se torne o mais pessoal possível, para que os textos escolhidos reflitam aquilo em que acreditam e o que querem para o futuro e, acima de tudo, para que O vão sentindo mais presente.