Seminaristas recordam alegria do dia da nomeação de D. Nuno Brás

D. Nuno Brás com seminaristas da Diocese do Funchal a estudar em Lisboa | D.R.

No dia em que D. Nuno Brás toma posse como Bispo do Funchal recuamos ao da sua nomeação e recuperamos, em depoimentos escritos pelo punho dos próprios, o sentimento com que alguns dos seminaristas do Funchal, em formação no Seminário dos Olivais, acolheram a escolha do Papa Francisco.

Recorde-se que foi com esse grupo de oito jovens que D. Nuno fez questão de estar, assim que foi anunciado que seria o novo Bispo da Diocese do Funchal. 

Este conjunto de depoimentos inclui ainda o de um jovem que, não sendo madeirense, é conterrâneo de D. Nuno e deixa aqui também o seu testemunho.

“A nomeação de D. Nuno Brás para bispo da nossa terra foi vivida com grande entusiasmo e em clima de festa e sincera alegria. Na verdade, nesse feliz dia doze de janeiro em que foi tornada pública a nomeação de D. Nuno, o nosso júbilo fez vibrar todo o seminário, sobretudo quando nos disseram que era connosco que o Sr. Bispo queria partilhar essa memorável ocasião, dirigindo-se ele mesmo, paternalmente, ao nosso encontro. Bendito seja Deus que ama o seu povo, a quem não quer faltar com pastores!” – Tiago Andrade

” ‘Claro que agora sou madeirense…’ foi esta a frase que guardei no dia do anúncio do nosso novo bispo. Logo nesse dia D. Nuno veio almoçar ao seminário dos Olivais e mostrou uma grande proximidade, amizade e um coração de pastor que transbordava de alegria. Estes dias têm sido de muita proximidade com as suas mudanças onde procurei ajudar a transportar muitas coisas, mas destaco a alegria que sinto, enquanto seminarista, poder viver de perto esta alegria para toda a nossa diocese. Já o sinto muito próximo de nós e rezo para que na sua alegria e proximidade fácil, seja um verdadeiro pastor para todos nós! Também já o tenho como um verdadeiro madeirense! E sobretudo como um pai na fé que procura o melhor para as suas ovelhas. Que Nossa Senhora do Monte o guie e lhe cubra com o seu santo manto de mãe”. – Patrício Sousa

“Desde logo, o primeiro contacto que tivemos com o D. Nuno Brás como Bispo eleito do Funchal foi de grande alegria e espanto. Espanto por não sabermos bem como estar nem o que dizer, ainda que o Coração estivesse cheio, pois sentimos concretizar-se a certeza de que Cristo continua a dar pastores à sua Igreja. Na entrada que se avizinha, outra coisa não há senão um profundo sentimento de gratidão ao Santo Padre, o Papa Francisco, e ao D. Nuno Brás por ter aceitado tão nobre missão, isto é, ser cristão connosco e bispo para nós, como já referia Santo Agostinho ao falar sobre o ministério episcopal. Agora é tempo de trabalharmos em prol do bem da comunidade humana e, mais concretamente, no incremento da fé e de Cristo naquelas que, há muito, são chamadas ilhas do Santíssimo Sacramento. Pode contar connosco” – João Gonçalves

“Foi com muita alegria que recebi a notícia da eleição do sr. Bispo, D. Nuno, como bispo do Funchal! E esta alegria era visível tanto em nós, seminaristas do Funchal, como em todo o Seminário. No dia da nomeação, ao fim da manhã houve a eucaristia no seminário, como habitual, e houve logo a intenção de dar graças por este novo dom de Deus à sua Igreja. Posteriormente, tivemos a surpresa de ter o Senhor Bispo a almoçar connosco!
Chegou ao refeitório com uma grande salva de palmas e foi-nos cumprimentando, cada um dos seus novos seminaristas, com um grande abraço. Era visível a sua alegria que contagiou todos que ali estavam. Foi um almoço onde partilhou a sua felicidade e a sua história com a diocese do Funchal, desde a primeira vez que a visitou, como Diácono até ao fim de ser reitor do Seminário dos Olivais. Desde o princípio que entrei para o seminário, a presença do Sr. D. Nuno, sempre foi constante. Seja nas festas dos seminários, nas grandes celebrações diocesanas, seja até quando visitava as paróquias onde fazíamos pastoral. Sempre via o D. Nuno com boa disposição e alegria. Foi uma grande surpresa para mim ver que o Sr. Bispo que quase todos os dias via, nas imediações do seminário e fora deste, era a partir daquele momento o meu futuro bispo. Agradeço a Deus, o dom que Ele dá à Igreja Funchalense e faço votos de que o sr. D. Nuno tenha a força e audácia de guiar esta porção do povo de Deus nos caminhos do Evangelho” – Diác.  André Pinheiro

“Porque nascemos ambos no Vimeiro, naturalmente o D. Nuno faz parte da minha história de vida. O que contarei é fruto de um vasculhar da memória, na procura de compreender de que modo o bispo meu conterrâneo marcou o meu caminho.

Nos primeiros tempos da minha infância, a imagem do Pe Nuno Brás não era ainda nítida. Ouvia apenas falar do padre lá da terra, que começou por estar em Lisboa e que foi enviado para Roma. A ocasião em que o pude conhecer melhor foi a viagem que fizem família à capital italiana. Tinha eu dez anos. O Pe Nuno era o Reitor do Colégio Português. Fez questão de nos mostrar a cidade em visita guiada. Uma verdadeira viagem pela História, que nos enriquece o olhar face àquilo que visitamos. A partir de então, eu ia estando atento à presença do Pe Nuno na nossa paróquia, em tempos de Verão. Durante uma semana, ele presidia à missa diariamente. E eu lá estava, já como acólito, para ajudar na celebração. A minha caminhada no Pré, durante cinco anos, levou-me àquilo que eu menos esperava: o Seminário. Tal resposta é também fruto da oração de muitos, a qual impulsionou o meu “sim”. Alguns anos depois, um formador meu viria a contar-me que o padre vimeirense seria um desses orantes. Aguardava com esperança a minha resposta.

D. Nuno Brás e Diác. Tiago Roque | D.R.

Grande alegria para mim foi saber que o Pe Nuno tinha sido chamado pelo Papa Bento XVI a ser bispo auxiliar de Lisboa. Realmente Deus tem uma predileção pelas realidades mais humildes. Manifestou-o pela escolha de um membro da nossa aldeia, pequena paróquia, para servir a Igreja no episcopado. Estive presente na celebração da Ordenação Episcopal, naquele meu primeiro ano de Seminário, em 2011. Ao longo de todo o percurso como seminarista, senti-me acompanhado pelo Senhor D. Nuno Brás. Havia sempre espaço para uma pequena conversa quando o encontrava no Seminário dos Olivais. Compreendi a sua alegria em acompanhar este jovem da sua terra, chamado pelo Senhor ao sacerdócio.

Alegro-me agora com o envio do D. Nuno para a Diocese do Funchal. Rezo para que a inspiração no Evangelho de Cristo, a atenção às vocações, o espírito orante e o ânimo no serviço da caridade continuem a fazer parte da sua essência. Tenho confiança em Deus de que a sua missão de pastor entre os madeirenses será manifestação da presença de Cristo, o verdadeiro Bom Pastor” – Diác. Tiago Roque