Jornal da Madeira online

Editorial

O Jornal da Madeira apresenta-se hoje como um jornal exclusivamente online. Depois da edição especial publicada no dia 15 de agosto de 2016 na qual assumia a sua pertença à Diocese do Funchal, abriu-se um período de reflexão sobre o futuro a dar a este título. Os escassos recursos disponíveis e as limitações financeiras por parte da nossa população desafiaram-nos a mudar o rumo até outros “mares” e a lançar a “rede digital”.

Para além das notícias de atualidade, procuraremos oferecer ao sábado e domingo um serviço especial de informação religiosa que chamaremos: “Pedras Vivas”.

A plataforma digital do Jornal da Madeira alarga o horizonte das nossas possibilidades. Para além de mais económico, é também mais acessível e rápido, sendo ainda possível uma maior atualidade nas notícias publicadas. Pretende-se, assim, reduzir a distância entre o Jornal da Madeira e os nossos leitores, permitindo construir uma ponte aos que estão mais longe, especialmente os emigrantes. As potencialidades da utilização multimédia e a melhor qualidade das imagens permitem, ainda, uma comunicação mais atrativa e adequada aos tempos atuais.

Numa afirmação incisiva declarava S. Paulo, o apóstolo dos gentios: “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1 Cor 9, 16). É missão própria dos cristãos traduzirem o Evangelho para todos os povos e tempos, em todas as linguagens e lugares. S. Paulo apresenta-nos três chaves essenciais na comunicação do Evangelho: a escuta, o envio e o anúncio: “E como hão-de acreditar naquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, sem alguém que o anuncie? E como hão-de anunciar, se não forem enviados?” (Rom 10, 14-15). Assiste, assim, ao povo de Deus o direito de receber da Igreja o depósito da fé e o seu dever de o comunicar.

A Igreja vive para comunicar. Não com base numa comunicação reduzida à vertente informativa e unilateral, mas capaz de oferecer uma gramática do diálogo, com vista à construção de comunidades cada vez mais participativas na “Palavra”, humanas e acolhedoras.