Caminhar juntos: para Belém, com os que sofrem e ao encontro de Jesus

Foto: AIS

Advento: Tempo de “purificar a fé”

No Natal nasceu Jesus

1.O Papa Francisco disse, na passada segunda-feira, que as semanas anteriores ao Natal devem ser para os católicos um tempo para “purificar a fé”, preparando a celebração do nascimento de Jesus.

Francisco ressaltou que a primeira dimensão do Advento é: “Recordar bem que não nasceu a árvore de Natal”, que certamente é um “belo sinal”, mas recordar que “nasceu Jesus Cristo”.

“Sempre teremos em nós a tentação de mundanizar o Natal, quando é uma bela festa de família com Jesus no centro e começa a ser festa mundana: compras, presentes, isto e aquilo… e o Senhor permanece esquecido. O Papa declarou ainda que o tempo do Advento, preparando o nascimento de Jesus, propõe ainda uma reflexão sobre “o encontro definitivo com o Senhor. O Advento é um tempo marcado pelo arrependimento e reconciliação com Deus preparando esses encontros.

Solidariedade: Com milhões de irmãos que sofrem

Com os olhos nas vítimas da fome e da guerra

2.Os católicos devem preparar o Natal com os olhos postos nas vítimas da fome e da guerra, afirmou o Papa Francisco no dia 02 de dezembro.

“O Advento convida-nos a olhar para fora de nós mesmos, alargando a mente e o coração para abrir-nos às necessidades dos irmãos e ao desejo de um mundo novo: é o desejo de tantos povos martirizados pela fome, pela injustiça e a guerra; é o desejo dos pobres, dos fracos, dos abandonados”, advertiu.

Advento é “tempo de esperança”. “E gostaria de tomar como minha a esperança de paz das crianças da amada Síria, martirizada por uma guerra que dura há já 8 anos”, declarou… E acrescentou: 5 milhões de crianças e adolescentes precisam urgentemente de apoio especializado para ultrapassar o trauma da guerra”..

Francisco fez votos de que estas “chamas de esperança” ajudem a eliminar as “trevas da guerra”. Que a paz chegue aos cristãos da Síria e do Médio Oriente e a todos os que sofrem, por estes dias, nos 50 conflitos armados e tensões em diversas partes do mundo, próximas e longínquas.

Porto: Libertar o Natal da indiferença e do paganismo

Reinventar o Natal com Jesus no centro

3.“Libertar o Natal da indiferença” é um apelo e alerta para que não “se torne uma festa onde os protagonistas” são as pessoas e não Jesus: “Quando as luzes do comércio põem na sombra a luz de Deus; quando nos afanamos com as prendas e ficamos insensíveis a quem está marginalizado”.

“Esta mundanidade fez refém o Natal! Cabe-nos a nós, cristãos, por meio da valorização dos elementos humanos positivos associados ao Natal, reinventar o espírito do Natal”, desenvolve a VP.

 O Papa alertou para os perigos de um Natal do “consumismo”, centrado no que se pode ou não comprar, e de “festa pagã”, e assim, Jesus “passará” sem ser encontrado. Não podemos viver fechados na própria vida, com os seus problemas, as suas alegrias e as suas dores.

Algarve: Diocese promoveu «Advento Jovem»

Advento e Natal: ao encontro de Jesus

4.O Sector da Pastoral Juvenil da Diocese do Algarve dinamizou o ‘Advento Jovem’ que convidou os participantes a renovar o seu compromisso de encontro com Jesus.

“O caminho com Jesus é muito melhor do que caminhar sem Ele. Acredito que haja muitos jovens, como eu fui, que até estão sedentos de Jesus na sua vida, que precisam d’Ele e precisam que alguém tenha a coragem de lhes dar a mão e de os trazer”, disse o padre Fernando Rocha no jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.

A  26 jovens e adultos, o pároco da Luz de Tavira lembrou a sua história pessoal e que aos “18, 20 anos” achava que “era dono do mundo”. “Não era batizado, não frequentei uma catequese, não vinha a uma oração, no entanto Deus quis fazer uma história comigo. E eu, disse que sim e aí começou uma caminhada”, observou. “Foi batizado aos 28 anos e antes foi “um rapaz super-reguila”.

O sacerdote explicou que o Advento é tempo de “expectativa”, “de alegria” mas, sobretudo, “de encontro” e desafiou os jovens “ao encontro da pessoa de Jesus”.