D. Nuno Brás exorta fiéis do Jardim do Mar a confiarem a vida a Nossa Senhora do Rosário

Foto: Duarte Gomes

Ao fim do dia de terça-feira, 7 de outubro, a Paróquia do Jardim do Mar celebrou a Festa da sua padroeira Nossa Senhora do Rosário com a presença de fiéis, autoridades e do bispo diocesano D. Nuno Brás, que presidiu à Eucaristia e proferiu a homilia alusiva à solenidade.

Na abertura da celebração, o prelado saudou todos os presentes, com especial destaque para o presidente da Câmara Municipal e para o pároco Pe.  Paulo Jorge Catanho Silva, que se despede em breve da comunidade local. “Começamos, seguimos, reiniciamos, graças a Deus”, afirmou D. Nuno, refletindo sobre o ciclo da vida e da missão paroquial. O bispo enfatizou que, mais do que uma festa litúrgica, aquele era um momento de profunda confiança à Virgem Maria.

“Queremos confiar a Nossa Senhora em tudo aquilo que somos, tudo aquilo que vivemos. Queremos pedir-lhe que Ela nos ajude sempre, que nos ajude sempre a ser como Ela”, vincou.

Na homilia, D. Nuno Brás refletiu sobre o papel de Maria no plano da salvação. Para o bispo, “certamente Nossa Senhora é muito importante porque é a Mãe de Jesus; mas igualmente importante porque acolheu no coração a Palavra de Deus antes ainda de a gerar no seio”. 

Sublinhou ainda que Maria não se limitou a acompanhar Jesus fisicamente, mas participou ativamente no dinamismo missionário da Igreja:“Nossa Senhora não se limitou a dar a Jesus o início do Reino, não se limitou a acompanhá-lo até à cruz, não se limitou a ser uma boa discípula. Sim, Nossa Senhora acompanha a Igreja, acompanha os discípulos do seu Filho.”

Para o bispo, tal acompanhamento maternal é essencial: “A Virgem Maria nos acompanha a nós, que somos Igreja, que somos discípulos.” 

D. Nuno recordou também que, sempre que há comunidades cristãs, há um lugar dedicado à devoção mariana: “Onde há cristãos, há um Santuário de Nossa Senhora. Onde há cristãos, há uma Aparição de Nossa Senhora.” E evocou a aparição da Senhora do Monte, no início do povoamento da Madeira, como sinal dessa presença de Maria junto do povo.

A festa de 7 de outubro remete ainda à invocação da intervenção de Maria em momentos decisivos da história da fé. O prelado recordou como, em 1571, durante a Batalha de Lepanto, o Papa, ao rezar o Rosário, elevou uma súplica à Virgem: “Galhada, Galhada, Nossa Senhora… sempre acompanha os mistérios do Seu Filho, sempre faz o Seu papel de Mãe, não simplesmente de Jesus, mas o Seu papel de Mãe Nossa, cuidando de nós.”

D. Nuno incentivou os fiéis a “fazer do Rosário, durante todo o mês de outubro, um momento diário pela paz”, recordando o apelo do Papa Francisco para este mês. Na conclusão, exortou os presentes a acolherem Maria como mãe: “Para tratarmos verdadeiramente como Mãe, acolher seus ensinamentos, seguir seu exemplo.” Pediu ainda um momento de silêncio e oração para agradecer a presença maternal da Virgem.