Vitorianas de novo em Festa: Irmã Maria Lopes celebra centenário

D.R.

A Irmã Maria Lopes (Genoveva da Santa Face) pertence à Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias. Nasceu no dia 9 de abril de 1925. É natural do Porto da Cruz, sítio da Referta. 

Entrou na Congregação com 18 anos, no dia 20 de setembro de 1943, na Quinta das Rosas. Fez a sua 1ª Profissão Religiosa no dia 19 de agosto de 1947. No ano seguinte, mais concretamente no dia 11 de outubro de 1948, ainda muito jovem, lança-se na aventura, embarca no paquete Nova Lisboa, rumo às missões – Moçambique. Ficou na Missão de S. Miguel Arcanjo – Manhiça. Esteve em Maputo algum tempo. No ano 1953 foi nomeada Mestra de Noviças, indo para a Namaacha. Depois de um período de nove anos é transferida para Mutuali, continuando a desempenhar um cargo na formação das jovens candidatas, Aspirantes. Em 1972, a Irmã Maria Lopes fez o Curso de Monitora Escolar, concorrendo para professora de Posto Escolar, com habilitação para lecionar ao ensino Primário.

Após vinte e sete anos em Moçambique regressa à Madeira, no ano 1975, sendo transferida para a Comunidade de Sant’Ana – Machico. Aqui, lecionou o 1º Ciclo sendo também destacada para o cargo de Diretora da Escola. Passou depois para a Comunidade de Santa Maria Madalena, em 1977, para lecionar.

“Ora et labora”

A vontade de voltar às missões, levou-a a fazer o pedido à Superiora Delegada, o que lhe foi concedido. Então, no dia 5 de novembro de 1983, a Irmã Maria Lopes embarca rumo a Moçambique. Fica a pertencer à Missão de Chimoio. Leva consigo o mesmo entusiasmo e espírito missionário como se fosse a primeira vez. Manteve-se em Moçambique durante nove anos. 

Retorna à Madeira em 1992 passando por várias Comunidades: Travessa do Nogueira – Funchal, Arco de S. Jorge, Santo da Serra, S. João. Em 2004, foi transferida para Roma e ali fica dois anos. Depois de dois anos, regressa à Madeira e fica colocada na Comunidade do Vale Formoso. Fez as suas Bodas de Ouro em 1997, na Capela do Colégio de Santa Teresinha e Bodas de Diamante em 2007, na Capela da Quinta das Rosas.

Aos 99 anos, a Irmã Lopes sofreu uma crise pulmonar exigindo tratamento hospitalar, ficando internada durante doze dias. Em outubro de 2024, veio para a Comunidade da Quinta das Rosas, onde se encontra atualmente, deixando a Comunidade do Vale Formoso que a acolheu durante 28 anos. 

“Ora et labora” (ora e trabalhar) – um lema adotado por S. Bento, mas que a Irmã Lopes tomou para si, deixando-se conduzir por ele. Os seus dias foram ocupados com a oração e o trabalho. Em todas as Comunidades onde havia um pedaço de terra, lá estava a Irmã Lopes a cuidar da horta; ali sentia-se feliz, como o peixe na água. Tinha um fascínio pelas flores e a elas dedicava parte do seu tempo, como o principezinho dedicava à sua rosa. Outra ocupação de que gostava muito era bordar “bordado madeira” e enquanto isso, aproveitava para descansar um pouco. Os seus bordados eram apreciados e encomendados para serem vendidos nas Feiras Missionárias. 

Cem anos sem pausas

Começou por dar-se à causa missionária, em Moçambique, que fez dela uma formadora de jovens candidatas à Vida Religiosa. Na Madeira, passou por várias escolas, como professora: Machico, Santo da Serra, S. João e Porto Moniz. Mais que ensinamentos, deixou um testemunho de fé, disponibilidade, amor a Deus e amor a quantos foram passando pela sua vida de muita entrega ao Reino.

PARABÉNS, Irmã Lopes, por este dia do seu aniversário, pela vida que Deus lhe concedeu viver entre nós! Que seja sempre feliz onde estiver.

Irmã Inês Sousa