Eucaristia marcou fim das obras na Igreja de Santa Rita

O bispo do Funchal presidiu à celebração e desejou que “assim como esta igreja foi renovada, também nós sejamos verdadeiramente renovados nesta Quaresma”.

Foto: Duarte Gomes

Ao fim de sete meses de obras de requalificação no teto e no chão, a igreja paroquial de Santa Rita voltou a acolher os fiéis. De resto, a comunidade paroquial e os devotos de Santa Rita aguardavam com grande expectativa este momento, que permite novamente a realização dos sacramentos na igreja.

O bispo do Funchal, D. Nuno Brás, quis associar-se a este momento presidindo no domingo, 30 de março, à celebração de uma Eucaristia, neste espaço renovado. Uma oportunidade para o prelado sublinhar que, “numa altura em que vemos a Páscoa a aproximar-se, é uma alegria celebrarmos o final das obras desta igreja” e tempo de pedir ao Senhor que “assim como esta igreja foi renovada, também nós sejamos verdadeiramente renovados nesta Quaresma para, de facto, sermos as pedras vivas do templo do Senhor”.

Precisamos nos reconciliar com Deus

Na homilia, D. Nuno Brás, refletiu como o mundo atual está mal, apesar de todos os avanços de que temos sido testemunhas. Um mal a que o país, e a Madeira em particular, não escampam, segundo as palavras do prelado. E é assim “porque nos falta Deus” e porque “nós somos muito semelhantes àquele filho pródigo: esquecemos Deus”. E mesmo os que vão à Missa lembramo-nos Dele uma vez por semana, o que é manifestamente insuficiente. 

“Deus precisa de estar sempre em toda a nossa vida, precisamos de nos reconciliar com Deus”, aliás, continuou “um mundo reconciliado com Deus é um mundo completamente diferente. Um mundo reconciliado com Deus é um mundo com mais paz, com mais justiça”. 

Para isso, vincou o prelado, “é preciso ter a coragem de viver com Deus”, ter coragem de fazer coisas que os outros não fazem, de mostrar que somos cristãos e que não há vergonha nenhuma nisso. Depois “é preciso mudar o nosso coração, isto é, é preciso deixar que Deus nos vá transformando”, porque tudo isso nos ajuda a viver de forma diferente.

De resto, tal como na parábola do filho pródigo anda à procura de todos e anda à procura “não para castigar ou condenar, mas para perdoar e acolher, para nos dar esta nova condição de filhos”, para nos reconciliarmos com Deus e ajudar os outros a fazer o mesmo e assim ajudar o mundo a ser melhor. A igreja que vemos de fora, como esta que “está tão bonita”, guarda Deus lá dentro e é um espaço que nos chama a esta reconciliação com o Pai.

Segurança motivou obras

Coube ao Pe. Marco Augusto, pároco da Vitória e Santa Rita, agradecer a presença do prelado e explicar as obras que ali foram levadas a cabo. De forma muito genérica, o sacerdote explicou que “o teto estava cheio de caruncho”, o que punha em causa a segurança das pessoas. 

Uma vez que a igreja teria de ser fechada para proceder a esta parte dos trabalhos, achou-se por bem proceder também ao arranjo do chão que também estava a levantar e a outros trabalhos relacionados, nomeadamente com as janelas.

A obra, que custou mais de 246 mil euros, boa parte dos quais já foram pagos apenas com a ajuda dos paroquianos. Falta pagar à volta de 57 mil euros para que os gastos sejam cobertos, contando o pároco de novo com a boa vontade dos fiéis junto de quem a angariação de fundos irá prosseguir, já que não houve nem estão previstos outro tipo de apoios.

Após a eucaristia, concelebrada por diversos sacerdotes  e pelo vigário geral, seguiram-se momentos de convívio no salão paroquial, com a presença da Banda Municipal de Santana tendo-se  cantado os parabéns e  partido um bolo para assinalar a abertura da Igreja após as obras efetuadas.