No fim de semana de 22 e 23 de fevereiro D. Nuno Brás visitou as comunidades paroquiais da Ponta do Sol e de Machico, onde ministrou o sacramento do crisma a 36 e 41 jovens respetivamente.
Nas homilias de ambas as celebrações, D. Nuno refletiu sobre o facto de que o Senhor nos chama pelo nome para sermos verdadeiramente Dele e que Ele nos ama como mais ninguém.
De resto, a liturgia deste domingo fala-nos do amor total, do amor sem limites, mesmo para com os nossos inimigos. Convida-nos a pôr de lado a lógica da violência e a substituí-la pela lógica do amor.
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo concreto de um homem de coração magnânimo (David) que, tendo a possibilidade de eliminar o seu inimigo, escolhe o perdão.
O Evangelho reforça esta proposta. Exige dos seguidores de Jesus um coração sempre disponível para perdoar, para acolher, para dar a mão, independentemente de quem esteja do outro lado.
Não se trata de amar apenas os membros do próprio grupo social, da própria raça, do próprio povo, da própria classe, partido, igreja ou clube de futebol; trata-se de um amor sem discriminações, que nos leve a ver em cada homem – mesmo no inimigo – um nosso irmão.
“Um bom cristão não é o que já fez o caminho, mas aquele que procura se aperfeiçoar em cada dia”, disse o prelado na Ponta do Sol para logo acrescentar que podemos viver como sapos a vida toda, sem saber que existe mundo para além do poço onde nos encontramos, mas que isso não é viver verdadeiramente com Deus e viver com Ele todos os dias.
A segunda leitura continua a catequese iniciada há uns domingos atrás sobre a ressurreição. Podemos ligá-la com o tema central da Palavra de Deus deste domingo – o amor aos inimigos – dizendo que é na lógica do amor que preparamos essa vida plena que Deus nos reserva; e que o amor vivido com radicalidade e sem limitações é um anúncio desse mundo novo que nos espera para além desta terra.
Foi este radicalismo que D. Nuno pediu aos crismados de Machico lembrando que o Espírito Santo existe para nos ajudar neste caminho a fim de não sermos sapos, mas “cristãos que trazem consigo a imagem de cristo”, que se parecem mais com Ele, com “o homem celeste” do que com todos os outros.
Os párocos de ambas as paróquias, Pe. Patrício Sousa e Cón. Manuel Ramos agradeceram a presença do prelado nestes dois atos sempre importantes para as comunidades.
Crismas na paróquia da Ponta do Sol




















Crismas na paróquia de Machico

















































