Peregrinação pelos Santuários do Norte da Península Ibérica

D.R.

Entre os dias 16 e 20 de setembro de 2024, D. Nuno Brás, bispo do Funchal, e o Cónego Vítor Gomes, acompanharam um grupo de peregrinos aos santuários do norte da Península Ibérica. Palmilhar percursos desde Porto, Ponte Lima, Viana do Castelo, Pontevedra, Santiago de Compostela, La Coruña, Oviedo, Covadonga, Riaño, León, Puebla de Sanabria, Chaves, Santuário de São Bento da Porta Aberta e Braga reforçaram o diálogo entre a cultura e a espiritualidade.

Em Pontevedra, região espanhola da Galiza, os peregrinos tiveram a oportunidade de visitar o Santuário das Aparições e o Convento de Clausura, onde Lúcia, a pastorinha de Fátima, viveu algum tempo. Neste lugar, Nossa Senhora apareceu em 1925. No dia 15 de fevereiro de 1926, o Menino Jesus veio recordar a devoção dos primeiros sábados do mês, dedicados ao Imaculado Coração de Maria. Na Catedral de Santiago de Compostela, o grupo desfrutou dos movimentos do botafumeiro, enorme incensário de latão banhado a prata, que pesa 62Kg e mede 1,60m de altura. Também “abraçou” o Santo, viu o seu túmulo e apreciou a beleza arquitetónica do Pórtico da Glória. Em Covadonga, na província das Astúrias, os fiéis ficaram deslumbrados com a Gruta denominada de Cova Santa, bem com o imponente Santuário de Nossa Senhora. Em São Bento da Porta Aberta situado no Minho, em plena serra do Gerês, lugar de culto ao fundador dos beneditinos, os peregrinos elevaram o coração ao Céu. No Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, segundo santuário mariano, localizado em Braga, o grupo sentiu o autêntico amor à Mãe de Jesus.

A peregrinação foi vivida como tempo de beleza e encanto, de partilha e esperança, de fé e oração. Este itinerário desafiou cada um a abrir os olhos do coração e da mente para as novas realidades do quotidiano e redescobrir espaços de intimidade com Deus, particularmente, nas igrejas onde, diariamente, eram celebradas as eucaristias.

D. Nuno Brás, nas homilias proferidas, apresentou ao grupo algumas reflexões, a partir da Liturgia da Palavra: “A atitude de fé vai moldando a nossa vida.”, “Jesus, o Pastor, que ama e cuida.”, A fé não é só para nós, mas para transmitirmos aos outros.”, “Ser agentes da cultura do Evangelho.”, “Como é feliz viver com Deus!”.

Este roteiro despertou nos peregrinos a convicção de que peregrinar faz crescer e reavivar a fé a pessoas de qualquer tempo, de qualquer idade, de qualquer condição. Os lugares ímpares e notáveis visitados com um enorme legado espiritual e cultural contribuíram para um sentido de pertença a uma comunidade e a compreensão de uma busca verdadeira de Deus.