Dia Mundial do Bordado: D. Nuno diz que Bordado Madeira são obras de arte para dar glória a Deus

Foto: Duarte Gomes

Para encerrar semana de celebrações alusivas ao Dia Mundial do Bordado, que se assinalou ontem, 30 de julho, o IVBAM integrou na programação uma Eucaristia de homenagem às bordadeiras de casa, a qual foi presidida por D. Nuno Brás, bispo do Funchal e concelebrada pelo pároco Afonso Rodrigues.

A Missa teve lugar pelas 11 horas, na Igreja de São Gonçalo e nela marcaram presença várias entidades, nomeadamente a Secretária Regional da Agricultura, que tem a tutela desta área, e muitas bordadeiras, cujo trabalho o prelado disse ser “um louvor a Deus”.

De resto, na sua homilia o prelado enalteceu o trabalho das bordadeiras madeirenses “que tantas vezes à noite, quase sem luz”, trabalho esse que resultou em “tantas obras de arte”. 

Um insensato, explicou, olharia e veria apenas “pano e linhas”, mas a verdade é que “o bordado é de facto uma obra de arte, não menor do que qualquer outra, feita por grandes artistas”.

“Louvado seja Deus que deu às mãos humanas esta capacidade de transformar aquilo que é a natureza, de transformar aquilo que à partida é um pedaço de tecido e umas linhas, em verdadeiras obras de arte e obras de arte para louvor a Deus”, vincou ainda D. Nuno Brás.

O grande apelo que o próprio Evangelho nos fazia, disse ainda o prelado “é para que nos deixemos, também nós, transformar pela mão do grande artista que é o próprio Deus”.

A Santidade, que Deus tanto quer que alcancemos é, no fundo, “o Bordado Madeira que Deus faz com a nossa vida” e que nos permite alcançar esse estado. Por isso, “peçamos-Lhe que Ele nos ajude a sermos dóceis à sua vontade, dóceis à sua palavra, semente que Ele coloca em nós, de forma que cada um de nós se torne esta obra de arte que Ele quer fazer connosco e em nós”.

Já Rafaela Fernandes, secretária da Agricultura deixou “um agradecimento publico a todos aqueles que mantêm a arte do Bordado Madeira, desde os elementos que trabalham nos institutos da função pública, às bordadeiras e seus familiares”.

Para este sector o governo, disse, assume o desafio de manter a tradição, procurando valorizá-la cada vez mais”.