O Padre Doutor José Jacinto Farias, Professor da Universidade Católica orientou entre os dias 2 a 5 de fevereiro, no Terreiro da Luta, o segundo turno do retiro do clero deste ano.
“O estilo sacerdotal” foi o tema deste encontro, que contou com a participação de seis sacerdotes, com o orientador a explicar que cada sacerdote tem um estilo que o identifica, sendo que em virtude do seu caráter e mesmo com um estilo próprio “ele representa Cristo em pessoa”.
E representa não só na Liturgia, “quando ele preside aos mistérios, aos sacramentos, não só quando preside a uma bênção, a uma procissão, mas também quando descansa, quando passeia há um certo estilo próprio dele, que o identifica independente do modo dele estar vestido”.
Já sobre estas paragens na vida sacerdotal, o Pe. Jacinto Farias sublinhou que elas são “absolutamente fundamentais”, não só para os padres, mas também para todos os cristãos.
“Nós precisamos de fazer pausas na nossa vida para recuperarmos o sentido do que nós somos e depois agir de acordo com o que nós somos…Isto vale para qualquer pessoa! Hoje em dia há tantas ideias que fazem com que se perca a identidade do ser humano enquanto tal e por isso a pessoa precisa de momentos de silêncio para recuperar a memória de si próprio, do que somos”, vincou ao Jornal da Madeira.
Ser sacerdote, especialmente nos dias de hoje é “uma missão”, mas é também “um desafio e uma graça”. É “anunciar o Evangelho como o próprio Jesus Cristo por todos e em toda a parte, curar os doentes, ungir os doentes e expulsar os demónios”. Não é fácil, porque não é fácil assumir “a cruz de Jesus Cristo”.
Como é habitual o retiro terminou com a celebração de uma Eucaristia presidida pelo Bispo do Funchal, embora a pregação tivesse ficado a cargo do sacerdote convidado.
Um momento para este sublinhar os episódios que as leituras vão narrando aconteceram no passado, mas têm sempre “algo de importante para nos dizer hoje”. Por isso, disse, devemos estar atentos a estes caminhos de vida eterna e felicidade, que a palavra nos proporciona.
Toda a gente quer ser feliz, mas o caminho para lá chegar é difícil, lembrou o Pe. Jacinto, para logo acrescentar “hoje nada é fácil”, sendo que muitas vezes, para alcançar a felicidade “é preciso desapegar-se de si próprio” e seguir Jesus, como fez Mateus o cobrador de impostos de que nos falava o Evangelho deste dia.
Um Evangelho que nos mostra que Jesus dá-nos todo o seu corpo para o amarmos; todos os seus membros – sãos e doentes – merecem igual amor da nossa parte, pois todos eles são seus.