Nasceram há 10 anos e tinham apenas 6 elementos. Hoje são 15, maioritariamente sopranos. Animam liturgicamente Eucaristias na paróquia do Curral das Freiras, como nos diz Jennifer Ascenção, a sua responsável, mas já têm sido chamados a cantar noutros sítios. Hoje é dia de conhecer melhor o grupo Ré-Mar, que canta com alegria e sentimento e que têm a preocupação de se fazer acompanhar pela assembleia.
Há quantos anos nasceu o Ré-Mar e com que objetivos?
O grupo Ré-Mar tem 10 anos, tendo surgido a 6 de março de 2014 na sequência da preparação da festa da catequese das Bem-aventuranças. Éramos um grupo de amigos, que normalmente se juntava para cantar, informalmente, nas missas, junto ao órgão, e na sua maioria catequistas da paróquia. Neste sentido, pensámos formar um grupo, para cantar, primeiramente, as festas da catequese, e posteriormente solenizar alguns sacramentos (casamentos/batismos). A nossa Paróquia não possui um grupo de coral formal e achámos que seria uma mais-valia.
O Grupo chama-se Ré-Mar. O que levou à escolha do nome?
O tema da festa da catequese serviu de mote para a escolha do nome. A catequista do sétimo ano tinha feito uma decoração alusiva a uma barca e no nosso repertório tínhamos a música “Voa bem mais alto”, que cuja mensagem era “não fiques na praia”, deu-nos a motivação de continuar a cantar. O nome é dividido em duas partes, o “Ré” que se refere à nota musical e o “Mar” relativo à barca e ao tema supracitado.
“Éramos um grupo de amigos, que normalmente se juntava para cantar, informalmente, nas missas, junto ao órgão, e na sua maioria catequistas da paróquia”
O Ré-Mar é composto por quantos elementos, divididos por quantos naipes? E qual a média de Idades?
O Ré-Mar, neste momento, é composto por 15 elementos, cujas idades oscilam entre os 16 e os 60 anos. Somos um grupo amador, sem formação musical e vocal, que maioritariamente é soprano. A nível instrumental, tocamos viola, carrone e percussão. O grupo começou com 6 elementos e fomos crescendo. Ao longo destes dez anos, houve entradas e saídas de elementos por motivos de trabalho ou estudos. Contudo, todos eles continuam ligados ao grupo.



São um grupo nado e criado no Curral das Freiras, mas sei que são convidados a animar Eucaristias fora da paróquia. Isso é bom, é sinal que outras pessoas reconhecem os vossos dotes…
Sim, para além de algumas celebrações aos domingos, casamentos e batizados na nossa paróquia, somos convidados a solenizar casamentos e batizados noutras paróquias, a convite de pessoas que gostaram de nos ouvir cantar nas celebrações em que estiveram presentes. Para além destas celebrações, já solenizámos também outras Missas, tais como Missas do parto, festas de padroeiros de outras freguesias, encontros de catequese, entre outros…
NUMA DAS SUAS HOMILIAS, O PE. JOÃO GONÇALVES, BRINCA COM O FACTO DE ‘O MAIOR CORO DA ILHA DA MADEIRA SER A PARÓQUIA DO CURRAL DAS FREIRAS’. TODA A GENTE CANTA!”
São poucos elementos? Os suficientes? É difícil ter mais elementos, isto é, é difícil encontrar pessoas comprometidas que aparecem aos ensaios e nas celebrações?
O grupo poderia ter mais elementos, pois estamos sempre recetivos a novas entradas. Os elementos que dispomos são comprometidos e integram o grupo por gosto. Contudo, não tem sido fácil manter uma rotina de ensaios, devido a motivos profissionais e familiares, sendo estes de forma ocasional sobretudo para a preparação de sacramentos. No entanto, sempre que somos convidados a cantar, o grupo reúne-se e não faltamos ao nosso compromisso. A nossa missão é cantar e o fazemos cheios de alegria e sentimento.



Na entrevista que antecedeu estas “conversas” com vários coros falamos com o Prof. Ignácio para traçar uma espécie de panorama geral. Uma das coisas que ele considera menos positiva é os grupos se esquecerem muitas vezes da assembleia e cantar sozinhos as Missas. O que pensam sobre isto?
Bem, na nossa realidade podemos dizer que, as pessoas da nossa paróquia são muito participativas e quase que é inato cantar nas celebrações. Numa das suas homilias, o Pe. João Gonçalves, brinca com o facto de “o maior coro da Ilha da Madeira ser a paróquia do Curral das Freiras”. Toda a gente canta! Temos noção de que existem coros que solenizam as celebrações sem terem esse cuidado, o que torna as missas, na nossa opinião, pouco participativas, sobretudo para as camadas mais jovens.
“Para o futuro, gostaríamos que o nosso grupo continuasse a crescer, tanto em número de elementos como na introdução de novos instrumentos”
Têm então o cuidado de manter um repertório que possa permitir à assembleia participar, até porque como se diz quem canta reza duas vezes.
Sim. Na escolha dos cânticos temos o cuidado de incluir sempre alguns que a maioria da assembleia conhece, como por exemplo cânticos antigos, mas também incluímos cânticos novos e que as pessoas acabam por aprender e ao final de algum tempo cantam connosco. Tentamos na medida do possível adequar o repertório à liturgia e/ou ao sacramento que iremos solenizar. Geralmente, os nossos repertórios são validados pelo Senhor Padre que irá presidir à Missa. No caso dos casamentos podemos incluir repertório não litúrgico, mais concretamente nas entradas/saídas dos noivos, mas que não se incluem durante a celebração, e que o mesmo é confirmado pelo pároco.
Que planos têm para o futuro?
Para o futuro, gostaríamos que o nosso grupo continuasse a crescer, tanto em número de elementos como na introdução de novos instrumentos, pois existem recursos na nossa freguesia com muito talento e formação. Queremos continuar a cantar e animar as nossas Missas e fortalecer os laços que nos unem e que nos tornam uma grande família, que é a família Ré-Mar!




