O passado fim de semana foi, de novo, dedicado à administração do Crisma em várias paróquias da diocese. Assim, no sábado, D. Nuno Brás esteve em Santo António e em São José, respetivamente, e no domingo na paróquia da Sé.
No sábado, o primeiro grupo de crismados era composto por 26 pessoas, o segundo, que incluía a paróquia de São Roque, por 54 e por fim o grupo da Sé por 65.
Nas homilias de São José e da Sé, cerimónias onde o Jornal da Madeira esteve presente, o prelado refletiu sobre as leituras deste Dia dedicado ao do Espírito Santo.
A primeira leitura situava o envio do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Lucas quer referir a grande festa da aliança que Deus estabelece com todos os povos celebrada no sangue precioso de Jesus Cristo que fez de nós um só povo. O Espírito Santo derramado sobre todos.
Evangelho situava o envio do Espírito Santo no encontro de Cristo Ressuscitado com os seus discípulos. São dimensões e sinais da mesma manifestação do Espirito do Senhor: manifestação do Deus de amor que é consequência da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Os sinais do rumor semelhante a forte rajada de vento revelavam o Espírito sem fronteiras, sem barreiras, sem preconceitos e sem acepção de pessoas, que irrompe em dinamismo de vida, de graça, de surpresa e renovação.
A presença de Jesus ressuscitado no meio dos seus apóstolos, 50 dias depois da sua ressurreição, faz com experimentem a relação com o Mestre, o ressuscitado, o mesmo, mas diferente. Ele é o Deus livre que abre as portas dos nossos medos, pessimismos e faltas de coragem. Ele nos convida a saber encarar as realidades hostis ou as dificuldades acrescidas como oportunidade de inovar, crescer, amar e servir.
“De gente cheia de medo passaram a pessoas cheias de coragem”, lembrou o bispo diocesano. Aquele Espírito do Ressuscitado era algo que “lhes dizia respeito também a eles” e os fazia viver a Páscoa também na primeira pessoa”, frisou D. Nuno.
É isso que acontece connosco, disse o prelado, à medida que vamos recebendo os vários sacramentos. Vamos recebendo o Espírito de Jesus que “vive em nós, que habita em nós, que nos transforma e que nos faz viver, na primeira pessoa Jesus Ressuscitado”.
É por isso, acrescentou, “que o cristão não é apenas alguém que se porta bem, mas é aquele sobre quem desceu o Espírito Santo e sim, quando nós olhamos para o espelho devíamos ver-nos não só a nós, mas a Jesus Cristo, porque é isso que nós somos: presença de Jesus Cristo, sempre, ao longo de toda a nossa vida”.
E é missão de todo o cristão mostrar esse Cristo que cada um trás consigo, falando a linguagem do amor que é o Espírito Santo, que a todos dá “dons e tarefas para serem realizadas” e simultaneamente foças para as realizar.
Em todas as celebrações coube aos respetivos párocos. Cónego Carlos Duarte, Pe. José Luís Rodrigues e Cónego Marcos Gonçalves, respetivamente, agradecer a presença do prelado, bem como a todos aqueles que, direta ou indiretamente, deram o seu contributo para que as respetivas cerimónias fossem uma realidade.
Crismas na paróquia de São José














Crismas na paróquia da Sé

















Crismas na paróquia de Santo António






