O que a escola não nos ensinou: O triunfo do Ocidente

D.R.

«A religião é um aspecto central de qualquer civilização. Ao longo de mais dois mil anos a maneira do homem ocidental pensar sobre Deus deve-se sem a menor dúvida à Igreja Católica que não só contribui para a civilização ocidental, mas como a construiu. (…)

É difícil encontrar uma iniciativa humana desde o início da Idade Média para a qual os mosteiros não tenham contribuído. A Revolução Cientifica arraigou-se na Europa Ocidental graças aos fundamentos teológicos e filosóficos que, lançados no seu núcleo por figuras da Igreja, provaram ser um terreno fértil para o desenvolvimento das pesquisas científicas. (…)

O empenho dos escolásticos em pesquisar a verdade, em estudar e empregar uma grande diversidade de fontes e em analisar com precisão e cuidado as objecções às suas posições, dotou a tradição intelectual medieval – e, por extensão as universidades nas quais essa tradição se desenvolveu e amadureceu – de uma vitalidade da qual o Ocidente pode legitimamente orgulhar-se».

Paradoxalmente, a importância da Igreja para a civilização ocidental foi-se tornando cada vez mais clara à medida que a sua influência diminuía. No século XVIII, o Iluminismo colocou sérias dúvidas, assumindo uma posição anticlerical. O século XIX e XX secularizaram-se e dirigiram fortes ataques ao papel desempenhado pela Igreja, provocando um descentramento dramático em toda a civilização ocidental, senão mesmo um eclipse metafisico que debilitou toda a crença e consciência sobre o transcendente, sem o qual o homem é reduzido a simples matéria, outorgando-se-lhe a possibilidade de ser a medida de todas as coisas.

Foi o princípio duma vida árida, vazia, sem propósito ou relevo. A partir do século XIX com Nietzsche, a ausência de sentido e a desordem ou liberdade para darem à vida o significado que lhes ocorresse, propagaram-se a todos os intelectuais, contrariando a crença católica de um universo ordenado e dotado de um significado último que lhe foi atribuído pelo Criador. 

Em meados do século XX, Jean Paul Sartre, com a sua escola existencialista ateia declara o absurdo do universo e da vida, um vazio total, na medida em que não existem valores absolutos. Naturalmente muitos cristãos absorveram estas ideias tão em voga, que a partir de França se foram difundindo por toda a elite intelectual de esquerda.

Ser ateu, agnóstico ou anticlerical era uma moda que parecia ter vindo para ficar. Ser cristão não praticante também era uma afirmação muito vulgarizada.

Hoje porém, constacta-se que houve e há pressões muito fortes para minimizar a importância do cristianismo na evolução e formação da Europa, bem como na personalidade humana, a qual se reflecte na sociedade.

Não importa se nos quiserem silenciar, mas sim partirmos em busca duma verdade que jamais poderá ser ocultada.