Vamos iniciar a Semana Maior deste ano de 2024. Não porque tenha mais dias que as outras mas porque a Páscoa de Jesus dá o sentido a toda a nossa vida. É a semana mais importante, a “Semana Santa”.
São Leão Magno, um Papa do século V a quem devemos muito da expressão doutrinal do cristianismo, dizia que escutar as leituras convida a imaginação dos crentes a que se percebam como estando presentes nas cenas do Evangelho; mas, logo a seguir, o mesmo Papa afirmava que a liturgia, a celebração comunitária da fé tal como é proposta pela própria Igreja, nos permite viver os próprios acontecimentos da salvação.
Essa é a maravilha da liturgia: Deus ultrapassa as fronteiras do tempo e do espaço, para tornar os acontecimentos com que nos salvou e salva presentes no meio de nós e da história do nosso mundo.
É por isso que não nos basta ler a Sagrada Escritura ou perceber aquilo que ela nos diz, ou sequer escutá-la. A fé precisa de ser celebrada, vivida, partilhada.
De um modo particular na Semana Santa, em que a liturgia é particularmente rica e expressa os acontecimentos centrais da fé através de sinais, de cânticos, de gestos, de sacramentos. Por tudo isso, a semana que começamos domingo a viver é a “Semana Maior”.