A Festa da Apresentação do Senhor no Templo — a celebração da realidade que mais marcou a vida de Jesus, ou seja: a sua consagração ao Pai — é, de há alguns anos a esta parte, tomada como o “Dia do Consagrado”.
Logo desde o início da Igreja, muitos foram os que, tendo encontrado Jesus na sua vida, deixavam tudo para viver apenas para Deus e a partir dele. Basta recordar a figura de Santo Antão, pai do monaquismo, que vendeu tudo quanto possuía para dar aos pobres e, em total liberdade, consagrar toda a sua vida à contemplação.
Como ele, muitos foram, ao longo destes dois mil anos, os consagrados e as consagradas que não apenas viveram a sua vocação como, com ela, influenciaram a vida dos povos e das civilizações. É o caso de S. Bento (como os seus mosteiros foram essenciais para o aparecimento da civilização europeia!); de S. Francisco e de Santa Clara (com o seu chamamento radical à pobreza); de Santa Teresa de Jesus (com o seu convite à oração), e tantos outros fundadores de congregações religiosas missionárias nos séculos XIX e XX — e, entre nós, o caso da Irmã Wilson e do serviço ao povo madeirense.
Hoje, a vida consagrada — quando Deus constitui o valor mais alto de uma vida que, por isso, a Ele se consagra na pobreza, castidade e obediência — é olhada com desdém: achamos que cada um deve ser dono de si mesmo; não conseguimos perceber como Deus pode ser tudo!
Ao celebrarmos o Dia do Consagrado, acolhamos o testemunhos destes homens e mulheres que deixaram tudo para que Deus fosse o sentido da sua existência!