Deus não faz robots

D.R.

Certamente, são uma maravilha. As invenções técnicas, fruto do engenho aguçado do ser humano, são um modo de continuarmos a obra da criação. Desde há muito que esses engenhos existem… desde a invenção da roda, há muitos milhares de anos! 

Mas neste último século o ser humano tem ido muito mais longe que seria de supor. Nos nossos dias, as máquinas ajudam a fazer mais, mais depressa e melhor. Podemos até falar com os nossos amigos que vivem no outro lado do mundo. E podemos mesmo fazer viagens fora do nosso planeta…

Só que agora as máquinas podem também tomar decisões sem a nossa intervenção. E podem chegar a conclusões que nunca teríamos pensado, simplesmente porque conseguem analisar mais dados e dum modo mais rápido. É, de verdade, um mundo novo que está a bater-nos à porta, este o da Inteligência Artificial. Já não é ficção científica, é realidade.

Mas, de tão deslumbrados que ficamos, podemos esquecer-nos quem somos. Podemos esquecer a distinção entre homem e máquina. Um robot é incapaz de amar. Pode simular simpatia. Pode dizer que somos bons porque acha que é isso que queremos escutar. Mas é incapaz de dar sentido à sua e à nossa vida.

É que o ser humano é obra das mãos de Deus, sua imagem e semelhança, enquanto que um robot é uma criação humana. E Deus não faz nem fará robots.