Santuário de Fátima: Escultura “Jesus sem-abrigo” assinala Dia Mundial dos Pobres

D.R.

O Santuário de Fátima assinalou ontem o VII Dia Mundial dos Pobres com a inauguração da escultura que representa “Jesus sem-abrigo”, do escultor Timothy Schmalz.

O reitor da instituição, padre Carlos Cabecinhas, espera que a escultura possa “sensibilizar para uma mais profunda vivência do Evangelho de Jesus, que sempre se identifica com os mais frágeis e os que sofrem”.

“Enquadrada no Recinto de Oração deste Santuário, esta escultura recordará doravante a quantos visitam o Santuário o drama dos que vivem sem um lar, sem casa”, disse o sacerdote aos peregrinos, presentes na cerimónia.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o responsável refere que a arte pode ajuda a expor o drama da pobreza e a “vencer a indiferença ao sofrimento dos outros”.

Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima considera esta obra de arte “verdadeiramente sacra e cristã”.

A escultura é “comunicativa e empática, porque percebemos o que ali está representado”.

O Santuário de Fátima recorda, na nota de imprensa, que peça tem sido colocada em diferentes lugares (entre as mais de meia centena espalhadas por todo o mundo, a peça pode ver-se no Vaticano, Canadá, Barcelona, Florença, Singapura, Joanesburgo, Santo Domingo, Dublin, Cafarnaum, Madrid, Rio de Janeiro, Manila, Seul, Nova Iorque…), “a fim de com ela se denunciar este drama social” da pobreza.

D. José Traquina, bispo da Diocese de Santarém e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, acompanhou a inauguração, sublinhando que “Jesus veio cuidar daqueles que estão distanciados”.

“Fico sempre impressionado quando em situações limite, afirmam a sua fé em Cristo, pois Jesus torna se vivo no coração de muita gente, Deus veio para todos”, indicou.

D. José Traquina presidiu esta manhã à Missa dominical na Basílica da Santíssima Trindade, evocando as “centenas de milhões de pobres do mundo”.

“A pobreza tem muitos rostos e resulta de situações diferentes, como guerras, abusos, migração, entre outros”, observou.

O bispo de Santarém sublinhou que Portugal é “o país mais pobre da Europa Ocidental”, apelando à responsabilidade dos governantes, para a “colaboração do bem-estar social para possibilitar uma sociedade mais justa e em paz”.

OC