Somos cristãos porque queremos que Jesus Cristo viva a nossa vida. Queremos que Ele partilhe cada momento da nossa existência. Queremos que a nossa vida seja Sua, e que a Sua Vida seja nossa. Não como um inspirador longínquo de um conjunto de valores, nem como o originador de um movimento que foi aglutinando um conjunto de seres humanos ao longo da história. É tudo isso; mas queremos, sobretudo, que Jesus viva connosco, ao nosso lado.
Pode fazê-lo porque é o Ressuscitado. Porque nos oferece o Seu Espírito. Não o faz como polícia, sempre a vigiar os nossos erros, a passar a multa pelo que fazemos menos bem, ou (muito menos!) por infringirmos uma qualquer das suas leis… Fá-lo como Alguém, bem concreto, que ilumina os nossos passos; que nos oferece confiança; que nos faz perceber o que é o Amor. Fá-lo dando-nos o Seu Coração, tornando-O nosso.
Claro que, vivendo nesse Amor (aquele Amor que O fez morrer e ressuscitar por mim e por todos), também percebo, por contraste, como sou pecador e como a minha vida é ainda tão marcada pelo pecado. Mas, longe de me levar a desistir, esta Presença conduz-me a querer ser melhor, a parecer-me mais com Ele.
Nos últimos tempos, falamos pouco de Jesus. Esquecemos que Ele é o rosto bem concerto de Deus — Deus feito Homem para salvar a cada um e a todos. A partir do momento em que Deus se fez homem, todas as outras representações do divino falham. E a partir do momento em que um homem é Deus, falham também todas as concepções sobre o ser humano que não O tenham como ponto de referência. Cristo é, de verdade, tudo para nós. É Aquele que importa. O único que importa.