O Papa Francisco convocou para esta sexta-feira, dia 27 de outubro, um dia de jejum, oração e penitência pela paz. “Também hoje, o pensamento se volta para Israel e para a Palestina. As vítimas estão a aumentar e a situação em Gaza é desesperada. Por favor, faça-se tudo o que for possível para evitar uma catástrofe humanitária!”, disse na Audiência Geral de 18 de outubro.
No apelo dirigido a “todos aqueles que se preocupam pela causa da paz no mundo”, o Papa pediu que “se ouça o grito de paz dos povos, das pessoas, das crianças”.
Da região norte da Faixa de Gaza, uma religiosa fala da situação dramática em que se encontram cerca de 700 pessoas refugiadas na paróquia da Sagrada Família, entre elas 100 crianças e 50 pessoas com deficiências. Não há eletricidade nem água corrente. As irmãs recorrem a um único poço, que a qualquer momento pode secar.
A comunidade religiosa composta por sete irmãs e um sacerdote, tudo faz para responder às necessidades mais urgentes de cada pessoa. Duas vezes por dia é celebrada a Eucaristia e os fiéis rezam constantemente o terço. “Paz, paz, queremos apenas paz. Há tanto mal, tanto sofrimento. É terrível. Neste momento, só temos Deus”, disse a Irmã Nabila Saleh à Fundação AIS Internacional.
Esta irmã recebeu um telefonema do Papa. “Pedimos-lhe que fizesse um apelo pela paz e dissemos-lhe também que oferecemos os nossos sofrimentos pelo fim da guerra, pela paz, pelas necessidades da Igreja e também pelos trabalhos do Sínodo em andamento. Os nossos paroquianos ficaram muito felizes, sabem que o Papa trabalha pela paz e pelo bem da comunidade cristã em Gaza”.