“A Festa dos Milagres tem uma Comissão Organizadora que é composta pelos representantes dos movimentos mais fortes da paróquia. São quatro elementos, cinco comigo, e desde o princípio procurou-se respeitar as tradições e assim continuaremos”. O esclarecimento é do Cónego Manuel Ramos, pároco de Machico e surge na sequência da notícia do nosso jornal, a propósito da festa do passado dia 8 de outubro.
Dizia-se então que as barracas de comes e bebes e de venda de outros artigos tinham aumentado e que até o nome de um cantor nacional esteve em cima da mesa, como possível convidado para atuar em Machico.
O Cónego Ramos assegura “é impensável fazer convites a cantores nacionais ou regionais, porque a dinâmica desta festa é diferente das outras, dela fazem parte apenas as celebrações religiosas e em relação à música as únicas atuações são as da Banda Municipal de Machico”.
O pároco relembra que “em termos de exterior”, nomeadamente quanto às barracas, os licenciamentos são da responsabilidade da Câmara, com quem a “paróquia mantém um bom diálogo”, tendo a autarquia voltado a ajudar em questões logísticas, nomeadamente com a questão do policiamento”.
Aliás o diálogo tem sempre existido, a ponto de nos dar o exemplo de uma situação ocorrida no ano passado, em que “houve uma tentativa de obter uma licença para vender cera”. Ora, “a câmara entrou em contato com a Paróquia e a paróquia disse imediatamente que não, porque a nossa intenção não é comércio de cera”.