A Igreja iniciou na passada quarta-feira, o tempo da Quaresma, 40 dias de preparação para a Páscoa. Na mensagem para este tempo litúrgico, o Papa Francisco destacou a relação entre a quaresma e o caminho sinodal “radicado na tradição da Igreja e, ao mesmo tempo, aberto para a novidade”.
A partir do relato da Transfiguração de Jesus, o Papa refere que “para aprofundar o nosso conhecimento do Mestre (…) é preciso deixar-se conduzir por Ele à parte e ao alto, rompendo com a mediocridade e as vaidades. É preciso pôr-se a caminho, um caminho em subida, que requer esforço, sacrifício e concentração, como uma excursão na montanha”.
Tanto o caminho quaresmal como o caminho sinodal, “têm como meta uma transfiguração, pessoal e eclesial”.
Neste sentido o Papa prepõe duas veredas: “A primeira diz respeito à ordem que Deus Pai dirige aos discípulos no Tabor, enquanto estão a contemplar Jesus transfigurado. A voz da nuvem diz: «Escutai-O» (Mt 17, 5). Assim a primeira indicação é muito clara: escutar Jesus”. Uma escuta que no processo sinodal “passa também através da escuta dos irmãos e irmãs na Igreja”.
A segunda indicação consiste em “não refugiar-se numa religiosidade feita de acontecimentos extraordinários, de sugestivas experiências, levados pelo medo de encarar a realidade com as suas fadigas diárias, as suas durezas e contradições”.