‘Luz da Paz de Belém’ convida a reconhecer os sinais que Deus nos dá de que quer partilhar a nossa vida

Foto: Duarte Gomes

A Junta Regional da Madeira do Corpo Nacional de Escutas (CNE) realizou no passado sábado, 17 de dezembro, a cerimónia da ‘Luz da Paz de Belém’.

Desta vez foi na igreja do Monte que se realizou esta partilha, numa Eucaristia presidida por D. Nuno Brás e na qual participaram diversas entidades civis e militares, entre as quais o secretário regional da Educação.

A iniciativa ‘Luz da Paz de Belém’ surgiu como um programa de beneficência com o nome “Luz na Escuridão”, dedicado a apoiar crianças necessitadas na Áustria.

Desde então, todos os anos, uma criança oriunda do norte de Áustria recolhe a Luz na gruta da Natividade em Belém, onde Jesus nasceu, e leva-a para o seu país, onde esta é partilhada numa grande cerimónia ecuménica realizada em Viena.

Esta Luz chegou a Portugal, mais precisamente ao Santuário de Fátima, no passado dia 11 de Dezembro estando agora a ser difundida pelo país e ilhas.

Na homilia, D. Nuno Brás refletiu sobre a 1ª leitura, do profeta Isaías, que nos “falava do rei Acaz e do dilema perante o qual este se encontrava de entregar a cidade de Jerusalém aos outros reis que se haviam coligado ou confiar na palavra do profeta que dizia que Deus ia defender a cidade”.

Foi então que o profeta disse a Acaz que pedisse ao Senhor um sinal de que podia confiar nele, ao que este respondeu que era um homem de fé e que nunca ia fazer tal coisa.

“No fundo todos nós temos um bocadinho de Acaz no nosso coração”, vincou o prelado, para logo acrescentar que “sim, temos muita fé em Deus, mas… O melhor é que Ele lá fique no céu a fazer aquilo que lhe compete, que nós cá em baixo na terra nos vamos desenrascando”.

No Natal, “este sinal é Jesus Cristo”. É Ele que nos mostra que “podemos e devemos confiar em Deus, que Ele não está lá em cima de braços cruzados, o grande sinal de que possível confiando em Deus, tento fé, vivendo a fé, verdadeiramente, é possível construir um mundo melhor, construir um mundo de paz”.

Por isso, importa refletir como é que cada um de nós vai acolher e tomar a sério esses vários sinais que Deus nos dá de que está, de que quer estar connosco na nossa vida”, concluiu.