600 anos da chegada dos franciscanos à Madeira

D. José Rodriguez Carballo presidiu à Eucaristia em Machico

O secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, D. José Rodriguez Carballo, presidiu à Eucaristia no dia 2 de julho, na igreja matriz de Machico, com que se assinalou os 600 anos de presença franciscana na Madeira. 

“Recordamos aqui, nesta bela igreja de Machico, a primeira Missa celebrada por um dos franciscanos que acompanhava João Gonçalves Zarco, precedida da bênção desta terra”, disse o arcebispo.

D. José Rodriguez Carballo, que foi ministro-geral da Ordem Franciscana, referiu que os madeirenses “não podem renunciar às suas raízes cristãs” porque senão “a Madeira morrerá, como está a acontecer na Europa que está a renunciar às suas raízes cristãs”.

O arcebispo espanhol, disse que não só “a Madeira nasceu franciscana”, como “a Madeira continua a ser franciscana”. Para ele, isso acontece, “através da espiritualidade, uma espiritualidade que marcou profundamente a caminhada de fé e a religiosidade deste povo e que continua a marcar”. 

Como exemplo o arcebispo fez referência às missas do parto: “Creio que sois um dos poucos povos que fazem preceder a festa do Natal com toda uma preparação, através de uma celebração eucarística e depois também do convívio fraterno”. 

Para D. José Carballo, os 600 anos de espiritualidade franciscana “servem para nos levar a colaborar como família, formando uma rede, que não exclua, mas que seja congregadora de todas as forças vivas da igreja na Madeira”.

É preciso “evangelizar com alegria, sem pausa, apressadamente, como o fez Nossa Senhora”, alertou. 

“Devemos vir à Igreja para nos alimentarmos, mas o nosso lugar sobretudo dos leigos, está nas ruas, nas universidades, nos locais de trabalho na política, acabando com uma Igreja sectária formada por grupos fechados, tornando-nos realmente apóstolos desta alegria”.

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