Procissão das velas: D. Nuno Brás diz aos peregrinos que mensagem de Fátima é mais atual do que nunca

Um verdadeiro ‘mar’ de gente e de luzes cintilantes encheu as ruas da paróquia de Fátima, testemunhando a fé dos madeirenses em Nossa Senhora.

Foto: Duarte Gomes

Centenas de peregrinos, das mais diversas idades, participaram quinta-feira, dia 12 de maio, na procissão das velas organizada pela Paróquia de Fátima, no Funchal. 

A iniciativa, que voltou aos moldes anteriores à pandemia, isto é, a pé por várias artérias da paróquia, acabou por se transformar num verdadeiro ‘mar’ de luzes cintilantes, em homenagem a Nossa Senhora e pela paz no mundo.

Antes da procissão, D. Nuno Brás presidiu a uma Eucaristia. Na homilia, o prelado defendeu que “a mensagem de Fátima é mais do que nunca atual, porque nos diz o lugar de Deus e o nosso lugar, porque nos faz um apelo à paz exterior e no nosso coração, porque nos faz um apelo ao testemunho de vida de nós cristãos”. Isto é, “à responsabilidade que cada um de nós deve ter e assumir, não apenas consigo, com os que estão ao lado, mas para com toda a sociedade”.

Já no início da sua reflexão, o prelado frisou ser “importante retomarmos os célebres segredos de Fátima”, que 105 anos depois, porque “ainda estão atuais”, porque nos mostram, Nossa Senhora mostra, quando “nos esquecemos de Deus e de quem nós somos”. 

E, infelizmente, há tanta gente “à beira desta realidade”, de se esquecer de Deus e de “quanto Ele é importante para a nossa vida individualmente e para a nossa vida como humanidade” e “que não nos basta a ciência, mas que precisamos de Deus” para viver em paz e dar testemunho do que é ser cristão, presença de Jesus Cristo.

Daí o apelo para que “deixemos que Nossa Senhora de Fátima nos fale, que Nossa Senhora de Fátima nos convença, que Nossa Senhora de Fátima transforme o nosso modo de viver e de ser, dando o lugar justo a Deus e aos outros, tornando-nos construtores da paz e testemunhas de um mundo novo, de um mundo de um mundo novo, de um mundo diferente, de um mundo com Deus, de um mundo melhor”.

A passo lento a imagem de Nossa Senhora, carregada em ombros pelos Sapadores do Funchal, lá foi cumprindo o percurso delineado, até chegar ao Colégio Salesiano. 

Uma vez mais foi ali, no recinto desportivo, que se rezou a uma só voz o Terço à Mãe. Aquela que, “verdadeiramente, cuida de nós” e a quem se intensificaram os apelos à paz no mundo e sobretudo na Ucrânia.

A terminar a celebração, que contou com a presença de representantes de várias entidades regionais, o prelado relembrou que, verdadeiramente, “Fátima é apelo à conversão, à mudança de vida, de atitudes” e é preciso que cada um de nós entenda o que é que a Mãe de Jesus pede a cada um de nós hoje.

Por fim, coube ao Pe. António Marcelino, salesiano e pároco da Paróquia de Fátima, agradecer ao prelado que “no dia do seu aniversário, nos presenteou com a sua presença” e a todas as autoridades e instituições e outros colaboradores que contribuíram para a realização desta procissão, que voltou a ser o testemunho de fé que sempre foi.