D. Nuno batizou três adultos e apelou a que vivam segundo a sua nova identidade

Fotos: Duarte Gomes

No dia 9 de janeiro, dia em que a Igreja celebrou a Festa do Batismo do Senhor, a paróquia da Nazaré presenciou o batismo de três adultos. 

Numa Eucaristia presidida pelo bispo do Funchal, Sofia Milho, Cláudia Mendonça e Sara Neves, foram admitidas na Igreja Católica, recebendo os três sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Eucaristia e Crisma.

Logo no início da celebração, D. Nuno Brás, apelou à assembleia que acompanhasse as três catecúmenas “neste passo tão importante, decisivo, para a sua vida”, lembrando que “também elas passam a ser pedras vivas do templo do Senhor.

Na homilia, o prelado falou da relevância do Batismo explicando que este é “um sacramento tão importante”, que até Jesus o recebeu, quando não o precisava de fazer “porque é, desde sempre, O filho”. 

“Mas nós, seres humanos precisávamos de saber disso, precisávamos de saber que Jesus é O filho de Deus” e precisávamos saber “não simplesmente que Deus nos tem amor, mas que Deus é amor”, tanto que o Seu filho está no meio de nós. 

O batismo foi, pois, a forma encontrada por Deus, para nos mostrar que além de ser um de nós, que além de nos querer salvar, ainda “nos convida a viver a sua própria vida” e “nos convida a sermos seus filhos adotivos”. 

Isto significa, prosseguiu, que “já não vivemos segundo a natureza, mas vivemos sobrenaturalmente” e que tal como Jesus quando saiu das águas do Batismo, o pai “vai olhar para vós e vai dizer-vos: este é o meu filho que eu amo tanto”.

“É isto que nos faz, a nós cristãos, diferentes. É o estarmos revestidos de Cristo e Deus olhar para nós e não ver simplesmente o Nuno, a Maria ou o João, mas vê Jesus Cristo”, frisou.

No entanto, os cristãos “vivem o drama do pecado”, isto é, nós que “devíamos ser a presença de Jesus Cristo, nós que O devíamos mostrar sempre, nós que devíamos mostrar o amor do Pai, vivemos tantas vezes não como o homem novo, mas como o homem velho”. 

Mas nós “não desistimos, porque Deus não desiste de nós”. E por isso mesmo, lembrou D. Nuno Brás, “continuamos a dar passos, a caminhar e a nos converter quotidianamente, para correspondermos a esta realidade que já somos: filhos adotivos de Deus, em quem o pai é capaz de reconhecer o Seu filho Jesus Cristo”. 

Depois de recordar as palavras do Cardeal Patriarca D. António Ribeiro, precisamente a um grupo de adultos que ia ser batizado, a quem este lhes disse que nada na sua vida foi mais importante “do que aquele dia em que a minha mãe me levou ao batismo”, D. Nuno disse às catecúmenas que dentro de instantes iam receber este sacramento que “hoje é o dia mais importante da vossa vida, porque é o dia em que Deus vai olhar para vocês e vai dizer: é o meu filho Jesus Cristo, em quem eu pus todo o meu amor”.

“Procurem viver assim, segundo esta identidade, procurem viver condignamente esta vida nova de cristãos que vocês vão receber, com a ajuda desta comunidade cristã”, porque “é isto que é sermos comunidade cristã: ajudarmo-nos uns aos outros a viver como batizados, como cristãos, filhos de Deus”.

A concluir a sua reflexão o bispo diocesano, exortou a assembleia a dar “graças a Deus por sermos batizados, por esta realidade nova que surgiu no momento do nosso Batismo, pelo amor que Ele nos tem e peçamos estas nossas irmãs que vão ser batizadas a graça de serem sempre fiéis ao Batismo e ao Crisma que agora vão receber”.

Seguiram-se os ritos normais destas celebrações, que culminaram com a apresentação das novas cristãs à assembleia, que as acolheu na forma de um caloroso aplauso.

No final, o pároco da Nazaré, Pe. Miguel Lira, fez questão de agradecer o acolhimento “destas três novas irmãs, o que para nós é sempre motivo de grande alegria e de testemunho”.

Agradeceu depois a D. Nuno Brás por presidir à celebração, mas também por ter estado reunido com as três jovens num encontro que foi, por assim dizer, o culminar de um tempo de preparação, que por entre as paragens motivadas pela pandemia, chegou quase a um ano, ao Secretariado da Catequese por todo o apoio e ao grupo de catequistas que aceitaram o desafio de preparar e acompanhar as catecúmenas.

Finalmente, agradeceu às recém batizadas e a toda a comunidade que as acolheu e que as ajudará certamente a crescer na alegria de pertencerem a esta família paroquial.

Já as três batizadas, terminada a celebração, não escondiam a sua felicidade por este passo, nem a consciência da responsabilidade e da missão que agora têm de dar a conhecer Deus aos outros.