Bispo do Funchal crismou mais 95 jovens e adultos de três paróquias

Foto: Duarte Gomes

No passado fim de semana, D. Nuno Brás, deu continuidade à sua agenda no que toca a celebrações do Sacramento da Confirmação. 

Assim no sábado, dia 27 de novembro, o prelado esteve na paróquia da Vitória/Santa Rita e no domingo, dia 28, nas comunidades do Carmo e de Câmara de Lobos.

Em tempo de Advento, D. Nuno Brás começou por explicar aos jovens de Santa Rita o significado de ‘Maranatha’, “palavra hebraica que quer dizer exatamente vinde Senhor Jesus”. Nestes dias do Advento é isso que nós devemos também querer dizer: vinde Senhor Jesus”.

“Queremos estar com o Senhor e queremos que o Senhor esteja connosco, queremos que o Senhor nos abra novos horizontes”, frisou D. Nuno Brás, que lembrou aos crismandos que entendam esta frase e o Espírito Santo que iam receber “como sinais claros da presença de Deus nas nossas vidas”.

Na homilia, D. Nuno Brás, voltou a falar de horizontes. Horizontes físicos e também temporais, lembrando que se bem que São Paulo diga que “o corpo exterior vai definhando, vai ficando mais velho, mas o nosso coração vai ficando cada vez mais novo”. 

Por outras palavras, precisamos caminhar no tempo, sendo que todos temos um ponto de partida e outro de chegada e quer num quer noutro ponto está “Jesus Cristo” e “Jesus Cristo com poder e glória, quer dizer Jesus Cristo que resolveu todos os problemas”. Ele que coloca o “ponto final da vida de Deus em nós” e “que bom que é os percebermos Deus em nós e nós em Deus e podermos viver isso para sempre”, apesar de São Paulo nos dizer que “deveis progredir ainda mais”, para “ir ao encontro do Senhor”.

“Nós vivemos os sacramentos precisamente para isso: chegar a Jesus Cristo, lembrou o bispo diocesano, para logo explicar aos crismandos que “o nosso tempo, a nossa ilha precisa de gente que lhes diga isto, de gente que seja capaz de dizer que não basta caminhar na geografia, ter novos horizontes, mas que é preciso ter horizontes grandes também no tempo, precisamos de nos fazer ao mar, ao mar da história, caminhar para encontrar Jesus Cristo”. Essa, frisou, é a tarefa dos cristãos. ”Aquilo que as pessoas esperam de nós cristãos, e não é só dos padres, é isto: esperam que nós lhes mostremos este Jesus Cristo que, estando já presente, está também para além e os convidemos a fazer esta viagem na vida, na existência de Jesus Cristo”. 

Nesta paróquia, coube ao Pe. Marco Augusto, pároco da Vitória/Santa Rita dar as boas vindas ao bispo do Funchal, “o pastor por quem a comunidade reza ao longo de todo o ano”, garantiu. Foi também ele que apresentou o grupo de 21 crismandos.

Progridam na santidade

A mesma tarefa teve, no dia seguinte, o Pe. Marcos Pinto na paróquia do Carmo, onde D. Nuno Crismou 52 jovens. Aproveitou, logo no início da celebração para agradecer também a presença do prelado e “por tudo aquilo que tem feito pela nossa paróquia, pela sua Igreja”.

Quanto a D. Nuno Brás voltou a frisar na sua homilia a questão do horizonte, do imaginar o que está para além dele e daquilo que o Senhor nos propõe e que é que “não apenas nos interroguemos sobre o que está para além do horizonte geográfico, mas também acerca do horizonte do tempo. Isto é “as horas vão passando os dias vão passando e nós vamos pensando o que estará para além do tempo”.

Ao fazermos este exercício, “a primeira coisa que nós temos é medo, porque temos a certeza da nossa morte” e segundo dizem os cientistas do próprio universo. Porém, neste cenário, “Jesus diz uma coisa que é essencial, para nós, para cada um de nós como seres humanos, que é essencial para o universo inteiro, é que nesse dia a última realidade não será a destruição, mas Jesus Cristo ressuscitado”. 

Será Dele “a última palavra”, Dele que vem ao nosso encontro ao longo da nossa vida, na palavra, no nosso irmão, de tantas formas, que vem “ao nosso encontro para nos dar força e esperança no caminho da nossa vida”. Assim sendo, “a esperança não será simplesmente um sonho”. A esperança é “esta realidade certa, segura que nós já vivemos, mas que há de ser plena, perfeita”.

“Como isto é importante para a nossa vida: saber que há um novo horizonte geográfico, mas saber também que no próprio tempo, na própria vida, no crescer da vida há um novo horizonte, que a solução desse novo horizonte é Jesus Cristo”.

Para atingirmos esse horizonte do tempo, diz São Paulo que é preciso crescer na caridade e “a caridade é o amor de Jesus Cristo em nós”.

“Verdadeiramente o Senhor não nos deixa parados, verdadeiramente o Senhor não nos deixa a pensar que já somos suficientemente cristãos”, disse ainda D. Nuno aos que iam ser crismados, pedindo-lhes como São Paulo, que “cresçam e abundem no amor de Deus, progridam na santidade, progridam na vida cristã porque, no fim de tudo, está Jesus Cristo”. 

Num momento de silêncio, o prelado apelou aos que iam ser crismados, e à restante assembleia, que pedisse ao Senhor “esta força, esta coragem este ânimo para perceber que ainda não basta, que precisamos crescer, viver no tempo, de continuar a viver com todo o entusiasmo e com toda a esperança, para crescer e abundar no amor até encontrarmos Jesus Cristo.

Na parte da tarde, o prelado crismou mais um grupo de 22 jovens desta feita na paróquia de Câmara de Lobos, que está também a cargo do Pe. Marcos Pinto que é ajudado em ambas as comunidades pelo Pe. João Gonçalves.