José Patrício Pestana de Sousa vai ser ordenado diácono na Sé do Funchal, no próximo dia 18 de dezembro, numa Eucaristia presidida por D. Nuno Brás, a partir das 11 horas.
Natural da Paróquia do Piquinho, no Caramanchão, em Machico, Patrício Sousa prepara-se para dar mais um passo no caminho do sacerdócio.
Aos 32 anos, o futuro diácono está a concluir o 6º ano, o chamado de ano pastoral, no Seminário Maior de Cristo Rei – Olivais. Está nas paróquias de Santa Maria dos Olivais e nos Olivais Sul a fazer pastoral com o Padre Bruno sendo que em 2018/19 esteve nas paróquias de Santo Antão e São Julião do Tojal, Bucelas e Fanhões com o padre Tiago Neto.
Com o aproximar da ordenação diaconal, o futuro diácono disse ao Jornal da Madeira que este “é um momento para olhar para trás e para estes quase 8 anos de caminho. Tanto há para dar graças a Deus!”.
Reconhece que “esta não foi uma caminhada fácil e foi vivida com muitas dificuldades, sobretudo nos primeiros anos”. A propósito recorda que entrou uma primeira vez para o seminário em 2012 e que “desistiu uma semana e meia depois”.
Nessa altura, entrou para o Seminário de Caparide no Estoril. A adaptação “foi difícil”. A juntar-se a tudo isso houve ainda um problema de saúde que “me fez questionar Deus e a Sua vontade para a minha vida”. Dois anos depois, em 2014, voltou “a querer tentar este caminho e o Senhor nunca mais me largou…”
“A equipa formadora da altura, com o cónego Carlos e o senhor Bispo D. António, deu-me de novo essa oportunidade e a partir de então foi um caminho apaixonante e difícil de me conhecer melhor, de querer saber quem era Deus e qual a Sua vontade para a minha vida”, explicou-nos.
Neste momento, frisa, “tenho a Igreja por Mãe, porque o é realmente, e tudo devo aos padres que me acompanharam, desde as várias equipas formadoras dos seminários do Funchal, de Caparide e dos Olivais, passando pelo meu diretor espiritual e também pelos bispos D. António e D. Nuno Brás”.
Apoio da família e da paróquia
Além disso, “continua a ser um pilar importantíssimo para o meu caminho a minha querida família, os meus pais e também o apoio incansável do meu pároco e de toda a minha querida Paróquia do Piquinho que tanto me têm ajudado”.
Assim sendo, confessa, “sinto uma alegria enorme com o aproximar da ordenação diaconal, não escondo também um certo nervosismo, mas quero viver esta alegria com todos, que seja uma alegria para a nossa diocese, pois Deus continua a chamar homens para o seu serviço e de todo o povo de Deus”.
Quanto àquela que entende irá ser a sua missão depois da ordenação Patrício diz que o diácono deve “estar ao serviço, ao serviço de Cristo, da Igreja e dos irmãos, quer seja na liturgia, na proclamação da palavra e da evangelização e do exercício da caridade para com os irmãos”.
O diácono, acrescenta, “é aquele que é ‘ministro’, ‘servo’ e ‘ajudante’ para exercer no meio do povo e da Igreja, o serviço do ministério de Deus. Quero viver nesse espírito de entrega e de serviço, tendo por modelo Cristo Servo, aquele a quem procuro servir com toda a minha vida”.
Ao receber este 3º grau do Sacramento da Ordem, “sou inserido no clero concreto da nossa Diocese do Funchal e é para o serviço concreto desta igreja sob a condução do nosso pastor D. Nuno Brás”.
Durante esta semana, de 22 a 26, Patrício Sousa está em retiro, juntamente com os colegas do curso de São João Maria Vianney e também com aqueles que pertencem a outras congregações, somos 14 em retiro na Casa de Retiros do Patriarcado de Lisboa do Turcifal.
Este tempo, explica, “é importantíssimo e a igreja assim recomenda que seja feito, como forma de nos retirarmos do mundo e da nossa corrida do dia a dia”. No fundo, é “um convite a estar junto do Senhor. É uma oportunidade para subir ao monte, estar em deserto e em silêncio para escutarmos o que Jesus nos tem a dizer, é uma oportunidade de reviver esta história de amor e de aprender. Aprender a ser servo como Ele e aprender a servir, Deus é o primeiro a ser servido… ser diácono é para isto! Servir a Deus e aos irmãos!”.
Os primeiros sete colegas serão ordenados diáconos já no próximo domingo, dia 28, nos Jerónimos, cujo pároco é também o pregador deste retiro. Patrício vai ter de aguardar mais uns dias.
Sobretudo neste tempo que falta para a ordenação o futuro diácono pede “oração” por si, para que “seja capaz de entregar a sua vida por Cristo e que esta alegria que sinto em servir a Deus e a Sua Igreja, brotem sempre cada vez mais desta intimidade de amor com o Senhor”.
É importante referir que este momento da Ordenação Diaconal que a Diocese do Funchal viverá em breve, contará com uma Vigília de Oração no dia 17 de dezembro, pelas 19h na Igreja do Caramanchão, Paróquia do Piquinho, em Machico.
Já no dia 19 de dezembro terá lugar a apresentação do novo diácono na paróquia, na missa das 11 horas, seguindo-se um momento de convívio.
O futuro diácono, concluí esta pequena ‘conversa escrita’ com o nosso jornal sublinhando que “é importante envolver a paróquia na vivência deste momento e por isso também esta envolvência das pessoas na preparação destes dias”.