Foram quatro as comunidades paroquiais que o bispo do Funchal visitou no fim de semana de 24 e 25 de julho, com o principal propósito de administrar o Sacramento da Confirmação.
Assim, no sábado, D. Nuno Brás esteve no Porto da Cruz onde crismou 12 jovens e adultos. No domingo começou por se deslocar à paróquia de Nossa Senhora do Monte, onde foram 19 os crismados e à tarde às paróquias do Atouguia e de São Francisco Xavier, onde crismou 20 jovens e adultos e 14 jovens respetivamente.
O Jornal da Madeira esteve presente nas celebrações do Monte e de São Francisco Xavier. Nas respetivas homilias, D. Nuno refletiu sobre as leituras e chamou a atenção dos jovens para aquela que disse ser uma situação comum, relatada tanto na 1ª leitura como no Evangelho, e que se prendia com a necessidade de alimentar uma multidão.
Se há partida tal tarefa pode parecer difícil, alimentar uma multidão do nada, a verdade é que “esse o convite que Deus nos faz também a nós”. Neste caso, a multidão “nem é só esta que aqui está, mas é toda a Diocese do Funchal, 255 mil pessoas, mais os turistas todos que, graças a Deus, já estão a chegar”, disse o prelado aos crismandos do Monte.
Claro que não se trata de matar a fome no verdadeiro sentido das palavras, mas de “matar a fome de Deus, a fome de vida, de mostrar Jesus, porque essa é a fome primeira”. Trata-se, acrescentou em São Francisco Xavier, da fome de “um outro horizonte, de felicidade”.
Também os discípulos Filipe e André, de que nos falava o Evangelho sentiram as mesmas dificuldades e interrogaram-se sobre como haviam de proceder.
Mas o que não faltam na história da Igreja são histórias de pessoas comuns que foram capazes de matar a fome de Deus. O prelado deu mesmo vários exemplos, para que os jovens mais facilmente pudessem perceber.
No Monte falou, por exemplo, de São Bento e de São Francisco de Assis e da Madre Teresa de Calcutá, de João Paulo II. Já na Paróquia de São Francisco Xavier, o bispo diocesano falou destas duas últimas figuras e ainda de dois ‘Franciscos’, o Assis e o Xavier, lembrando que todos eles eram pessoas normais, de boas famílias, com dinheiro, que deixaram tudo para viver na pobreza e alimentar as multidões.
Todos eles tiveram, disse, «a ousadia e a coragem de aceitar este desafio que Deus nos faz também a nós e em particular aos que vão ser crismados”. Daí D. Nuno Brás ter pedido aos jovens, de ambas as paróquias, para que não se importem com as críticas de que possam ser alvo e diante deste convite do Senhor, “mostrem que a vida vale a pena ser vivida e que a vida só vale a pena com Deus”. Pediu-lhes ainda que “deem de comer a esta gente e matem a fome de Deus que existe nesta multidão, que são todos aqueles que nós encontramos no nosso caminho”.
“É Deus quem faz é Deus quem atua, é Deus quem mata a sede, é Deus quem mata a fome, mas Ele precisa de nós para isso, de cada um de vocês”, disse ainda aos jovens da paróquia de São Francisco Xavier, a quem lembrou que “a partir de hoje esta é a vossa tarefa”.
Coube aos párocos das respetivas paróquias, o Pe. Vitor Sousa no Monte e o Pe. Silvano Gonçalves na Atouguia e São Francisco Xavier, apresentar os respetivos grupos e agradecer a D. Nuno a sua disponibilidade e presença nas comunidades.