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Casamento dos jovens Chase e Sadie | D.R.

Aos 18 anos, Chase Smith recebeu a trágica notícia de que lhe restavam poucos meses de vida devido a um raro tipo de cancro. Este jovem americano, partilhou imediatamente  com a namorada que tinha o sonho de casar. “Eu sinto o mesmo”, respondeu ela. “Definitivamente, para Deus, é o momento certo”. 

Casaram em abril de 2020 no local onde partilharam o primeiro beijo porque sentiram que “Deus queria-os juntos”.

Chase morreu no passado dia 4 de abril, Domingo de Páscoa, depois de seis anos de batalha com a doença. O seu corpo estava marcado pelas cicatrizes e a sua mente pelas memórias de dor. “Mas o seu coração… o coração de Chase era puro e pertencia a Sadie”.

“Deus deu força a Chase para me dizer as suas últimas palavras”, revelou Sadie ao jornal local. ”Ele disse: ‘Eu amo-te. Preocupação 0%’”.

“Sussurrei ao seu ouvido que tudo ia ficar bem e que ele tinha vencido a luta”, recordou. “Continuei a tranquilizá-lo, a dizer que não havia problema em partir e que chegara a hora de ele correr para os braços de Deus, sem mais dor ou sofrimento”.

Outra história aconteceu em Roma, na Quinta-feira Santa. Nesse dia, o religioso Livinus Nnamani foi ordenado sacerdote, no hospital onde está internado por causa de uma doença grave. As complicações de saúde levaram-no a escrever um pedido ao Papa Francisco para que pudesse realizar o sonho da sua vocação: tornar-se sacerdote. Em menos de duas horas, o Papa deu a permissão, e no dia seguinte enviou o bispo auxiliar de Roma, D. Daniele Libanori, para que celebrasse a liturgia da ordenação. As mãos do neo-sacerdote foram ungidas com o óleo do crisma consagrado pelo Papa na Basílica São Pedro, algumas horas antes. 

D. Libanori disse à Rádio Vaticano que o sacerdócio não é só celebrar os Sacramentos para o povo de Deus, “o sacerdote é, sobretudo, um homem configurado a Cristo”.  

“Eu disse a Livinus que ele vive o seu sacerdócio também nesta oferenda de si mesmo, na doença que lhe é pesada, que talvez até o humilha, e que certamente o impede de viver o seu ministério como muitos outros. Mas a única, verdadeira, grande Missa que todo o cristão celebra, é aquela em que ele mesmo se oferece vivendo a sua vida diária e, quando Deus quiser, a sua morte em união com Cristo”, afirmou o bispo.

A primeira benção do padre Livinus foi concedida aos médicos e enfermeiros que, amorosamente, o cuidam diariamente.

Bispo auxiliar de Roma na ordenação do padre Livinus Nnamani