O cardeal Konrad Krajewski, esmoleiro do Papa, presidiu nesta segunda-feira, 25 de janeiro, o funeral de Roberto Mantovani, 64 anos, mais conhecido como “Robertino”.
Depois de muitos anos a viver na rua, junto à Praça da Cidade Leonina, nas proximidades do Vaticano, Robertino aceitou o apoio dos voluntários, transferindo-se para um dormitório.
Na Eucaristia, o cardeal Krajewski escolheu a parábola do rico e de Lázaro do Evangelho de S. Lucas, porque “Roberto sempre dormia diante de uma porta fechada”.
“Ele era uma pessoa alegre, solar. Nos almoços que organizávamos, fazia todo mundo rir”, partilhou o cardeal Krajewski.
Para a Comunidade de Santo Egídio o futebol era a paixão de Robertino, “ele oferecia camisolas de equipas de futebol que guardava na sua mala”.
No passado, Robertino, tinha sido jogador da equipa de “Hellas Verona”, o clube da região do seu nascimento, mas por causa de uma lesão teve de abandonar a carreira. A sua vida ficou marcada por muitos momentos difíceis, “viver na rua não era uma escolha”.
No funeral, os voluntários que o conheciam disseram que ele ficaria feliz pela presença de tantas pessoas e “por saber que não era considerado um descartado, mas uma pessoa com a sua dignidade, sua beleza e amor que até mesmo um coração ferido pela vida pode gerar”.
As exéquias foram concelebradas pelo cardeal George Pell, o mons. Arthur Roche, secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e cerca de dez sacerdotes.