Bispo pede aos jovens crismados que sejam imagem e presença de Deus 

Foto: Duarte Gomes

Dando continuidade àquela que tem sido a sua agenda de fim de semana, o bispo do Funchal deslocou-se a mais três comunidades paroquiais, onde crismou na fé um total de 50 jovens.

Assim, no sábado, dia 17 de outubro, D. Nuno começou por visitar a Paróquia do Amparo, onde crismou 10 jovens, depois a da Ponta do Pargo, onde crismou outros 20, sendo que estas paróquias, no Arciprestado da Calheta, têm ambas como pároco o Pe. Roberto Aguiar.

Já no domingo, dia 18 de outubro, D. Nuno Brás esteve na Paróquia do Cristo Rei, no Arciprestado da Ponta do Sol, cujo pároco é o Pe. Manuel Ornelas e onde o prelado confirmou na fé 15 jovens.

Nas homilias das diferentes celebrações, o prelado lembrou aos crismandos que somos “imagem” e “presença” de Deus”. E é isso que os crismados devem continuar a ser, como se diz na passagem da bíblia, homens criados à imagem e semelhança de Deus.

É isso, explicou ainda D. Nuno Brás, que “nos faz grandes”, porque “a grandeza de cada ser humano vem daqui: de sermos feitos à imagem de Deus”, Ele que “quer olhar para vocês e ver-se ao espelho”.

Referindo-se às leituras, concretamente à passagem do Evangelho em que Jesus dizia aos fariseus ‘Dai a César o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus’, o bispo diocesano explicou que tal como uma moeda que tem cunhada uma figura e assume um determinado valor, também nós seres humanos temos um valor, “o valor infinito de Deus”. E isto ainda que, como lembrou D. Nuno, “a vida humana não tenha preço”, seja ela vida no ventre, ou vida à beira da partida, num hospital.

Jesus, com esta frase ensina-nos a cumprir os nossos deveres de cidadãos, pagando o que devemos, de forma honesta. O bem público é o fruto da arrecadação dos impostos e todos os cidadãos, de qualquer nacionalidade, sabem disso. A honestidade e a prática da justiça social são regras fundamentais.

Já a Deus, temos que lhe dar aquilo que é Dele, o mesmo é dizer “aquilo que somos” e sem esquecer que “somos de Deus sempre”, em toda a nossa vida e não apenas no momento em que rezamos ou comungamos.

A missão do crismado, acrescentou ainda o prelado, é “viver com Deus e aceitar que Ele viva connosco” e não viver como “se Ele não existisse e como se Ele não nos amasse”.

“Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus significa que havemos de viver de tal forma e de nos entregar sempre a Deus de tal maneira, que Ele possa gostar do que fazemos, do que pensamos, do que somos”. Complicado? Talvez! Mas não impossível, disse D. Nuno Brás que lembrou que é o Espírito Santo, que os crismandos recebem, que os ajuda a fazer esse caminho.

Depois de explicar que “o Crisma não é uma espécie de festa de finalistas, em que até se recebe um diploma e tudo”, o prelado terminou pedindo aos jovens que “agradeçam ao Senhor nos ter feito à sua imagem” e por “este pedido para dar a Deus o que é de Deus, porque Ele quer que sejamos Dele sempre”.