Igreja da Vitória/Santa Rita: D. Nuno presidiu à Eucaristia das Bodas de Ouro do lançamento da 1ª pedra  

Foto: Duarte Gomes

A comunidade paroquial da Vitória/Santa Rita esteve esta segunda-feira, dia 29 de junho, em festa pela passagem dos 50 anos da bênção e lançamento da primeira pedra da igreja paroquial. A data foi assinalada com uma Eucaristia, presidida por D. Nuno Brás, mas também com o lançamento de uma medalha comemorativa e o descerrar de uma placa alusiva.

No início da celebração litúrgica, e depois da leitura de um texto que explicava o percurso até esse importante momento, com referências ao Bispo D. João Saraiva e ao Pe. Sumares obreiro de todo o complexo paroquial, o bispo do Funchal lembrou que a festa de ontem não era “a grande festa”, como aquela que se fez no dia em questão, mas era “a festa possível”, dada a situação que vivemos. Ainda assim, “fazemos festa, como pedras vivas do templo do Senhor, porque é isso que somos”, sublinhou.

Na homilia, o prelado refletiu sobre as leituras deste dia de São Pedro e São Paulo explicando que Pedro é a “pedra sobre a qual Deus edificou a sua Igreja”. Igreja cujo fundamento é a resposta dada por Pedro: ‘Tu és o Messias, o filho de Deus vivo’. Foi a compreensão desta realidade que levou Pedro, e os demais apóstolos, a deixar tudo para trás e a seguir Jesus.

“Pedro percebeu que valia a pena deixar tudo para seguir aquele Jesus de Nazaré, porque aquele Homem era Deus no meio de nós, Deus connosco”, explicou o bispo do Funchal, que sublinha a importância de nós, tal como Pedro percebermos que esta é a realidade e que “não há outra atitude diante de Jesus Cristo senão segui-lo”.

“Quando alguém se torna cristão toma a mesma atitude de Pedro, vive a mesma realidade de Pedro” e, sobretudo, reconhece que Jesus Cristo “não é simplesmente um homem de há dois mil anos que disse umas coisas bonitas, mas é verdadeiramente Deus presente no meio de nós e connosco”.

É isto que é viver a fé, “a mesma fé de Pedro, a mesma atitude, a mesma entrega. Deus no meio de nós a construir connosdo a vida, a construir a nossa vida”. Nós que “somos o povo de Deus, a assembleia, a reunião daqueles que têm fé, que se reúnem porque Deus chama, porque percebemos Deus na nossa vida, porque vivemos a mesma fé de Pedro”, que não é uma fé “inventada”, mas uma fé que foi sendo passada de geração em geração ao longo destes dois mil anos e no mundo inteiro.

“Que bom que é pertencermos a esta realidade, a este povo, a este novo povo. Que bom que é estarmos unidos uns aos outros por causa de Jesus Cristo, por causa da fé em Jesus Cristo”, acrescentou ainda o bispo diocesano, que terminou a sua homilia pedindo aos fiéis que dessem “graças a Deus porque Ele continua fazer maravilhas entre nós e a estar connosco, a estar vivo no meio de nós, a mudar a nossa vida, a transformar-nos a ajudar-nos a criar um mundo melhor e a dar-nos um novo horizonte de vida que é a vida eterna”.

Antes da bênção final o cónego Manuel Ramos, pároco da Vitória/Santa Rita, que concelebrou esta Eucaristia com o bispo diocesano e ainda com o Pe. Humberto, Pe. Manuel Ornelas, Pe. Rui Silva e Pe. Carlos Almada, também fez uma breve resenha histórica da paróquia que, face aos “ventos de mudança” que se avizinham, inclusivamente com a futura construção do novo hospital nas proximidades, tem de estar preparada para as mudanças que “forçosamente se irão verificar nas tradicionais vivências paroquiais desta comunidade”. Porém, “a paróquia também poderá ser uma paróquia missionária, em saída como pede o Papa Francisco”.

Depois de referir que os festejos destas Bodas de Ouro do lançamento da primeira pedra da igreja tinham sido planeados de outra forma, mas que dada a atual situação e as regras a cumprir, as celebrações tiveram de ser simplificadas, o Cónego Ramos fez ainda referência à medalha que foi entregue a D. Nuno e aos demais sacerdotes presentes, bem como aos representantes da Câmara do Funchal, da Junta de São Martinho e demais convidados, e à placa comemorativa sublinhando que “são sinais para a história e para a vida da comunidade”.

No final foi lida e assinada a ata que regista também, no livro do tombo da Igreja, este momento que terminou com o cantar dos parabéns, ao som dos instrumentos de alguns membros da Banda Municipal do Funchal, e o partir do bolo no salão paroquial.