Domingo de Ramos: D. Nuno exorta fiéis a serem verdadeiros “discípulos do Senhor”

Foto: Duarte Gomes

D. Nuno Brás convidou os cristãos da Diocese do Funchal a viverem a Semana Santa como “discípulos do Senhor”, e a fazê-lo “todos os dias e o dia todo”, porque “ser discípulo de Jesus, aprender, acolher, perceber a vontade de Deus é uma tarefa constante e quotidiana. Ninguém se pode dizer cristão sem esta atitude diária.”

O bispo diocesano, que presidiu à Eucaristia do Domingo de Ramos na Igreja do Sagrado Coração de Jesus (Boa Nova), disse ainda na sua homilia que ser discípulo é também “falar como discípulos” e que isso significa, antes de mais, “que aquilo que dizemos, as atitudes que tomamos (porque também falamos com atitudes) não hão-de ter origem em nós mas em Jesus, o Mestre.”

“O discípulo que fala como discípulo é aquele que diz o que escutou ao seu mestre. O discípulo que vive como discípulo é aquele que procura viver como o Mestre. Esta semana havemos de a viver como Jesus escutando e falando, quer dizer: vivendo”, explicou ainda o prelado.

Neste contexto, frisou D. Nuno, “Havemos de a viver, de um modo concreto, nesta Semana Santa que hoje começa, e no meio dos condicionalismos que estamos a viver.”

“Havemos de escutar como discípulos. Isso significa ler e meditar as leituras, procurando aquilo que elas nos dizem — e sempre nos dizem e ajudam. Ler as leituras diárias da liturgia em família, e procurar que todos os membros da família partilhem aquilo que o Senhor lhes diz. Escutar como discípulos significa procurar viver todos os dias a Eucaristia, transmitida pela Internet, da nossa paróquia ou de um qualquer outro lugar. E cada um, no silêncio do seu quarto, havemos de procurar escutar aquilo que o Senhor diz para a nossa vida, deixando que a Sua Palavra ressoe no nosso coração”, acrescentou.

Para mostrar como estas atitudes podem fazer a diferença, especialmente nos dias que correm, D. Nuno Brás recorreu ao exemplo de uma família espanhola com 11 filhos, todos infetados com o coronavírus. A família conta como o acompanhar a missa pelo YouTube e o rezar o rosário todas as tardes, os ajudou a ultrapassar os‘momentos de verdadeiro medo’ e como  ‘a Fé os tirou do poço’.

A terminar, e a exemplo desta família, o bispo diocesano apelou para que “procuremos, também nós, acompanhar de mais perto o Senhor, deixar que Ele venha, que Ele esteja presente em nossa casa e em nós, no nosso coração. Disponhamo-nos a escutar como escutam os discípulos e a falar, a viver como discípulos, sabendo que a morte não tem — em Jesus como em nós — a última palavra. Essa pertence — e pertencerá sempre — ao Deus vivo que nos ama a todos como Pai.”

Refira-se que esta Eucaristia voltou a ser celebrada sem a presença de fiéis, tendo a mesma sido transmitida pela RTP-Madeira que, nesta Páscoa, irá proceder ainda à transmissão da Missa de quinta-feira Santa (16.30 horas), da Celebração da Paixão do Senhor, na sexta-feira Santa (16.30 horas) e à Missa do Domingo de Páscoa (12 horas).