Crónicas (im)pertinentes: A fugacidade das efemérides

D.R.

Por Adilson Constâncio

Mal acabámos de sair – salvo seja – das festa das bruxas, com toda a fantasia de terror, para alguns grande diversão, para outros a maior insensatez importada dos anglo-saxónicos, eis-nos em corrida para a noite dos preços baixos, não sendo preciso ter dinheiro, o que importa é comprar, consumir, alienar e divertir.

Loucura total, nem para todos, claro, mas assim se fomentam os gastos desnecessários, o desequilíbrio no orçamento familiar e a irrealidade de querer ser feliz a troco do muito ter, das fragilidades e dos gastos supérfluos. 

Entretanto, de mansinho, por todo o lado vão aparecendo reclames muito luminosos e sedutores de Mercados de Natal, ou o Natal dos Mercados.

Como hoje se tende a coisificar as pessoas, tornando-as um pouco moeda de troca para tudo, retirando-lhes a dignidade secular atribuída ao Homem, espécie superior portadora da capacidade de pensar, criado à imagem e semelhança de Deus, paulatinamente tendem a retirar-lhe esta característica única, porque divina.  

 Se assim fazem com a criatura, também o fazem com o Criador, e transformam a festa do nascimento de Jesus, nosso Salvador, numa azáfama de compras e comidas em nome da família, a qual também andam a tentar desconstruir, com umas modernices sem nexo científico, biológico, afectivo e psicológico.

Mas meus amigos leitores, o Natal é sempre a Festa do Presépio, a adoração ao Menino, o enleio com a Sagrada Família e com tudo o que significou, significa e há-de continuar a significar, in saecula saeculorum.

Onde está então nesta agitação a fila para ver Jesus? Está no nosso coração, no nosso encantamento adorativo e contemplativo da realidade de um Deus – Menino, que veio ao mundo para nos salvar.

Por isso paremos em frente do Presépio, adoremos e glorifiquemos, ofereçamos-Lhe todo o nosso amor, a nossa Família, os nossos amigos e conhecidos, porque ali está o segredo da nossa salvação e de todo o mundo.

Paz, Silêncio, Amor e Um Feliz Natal