Rezar pelo Seminário

D.R.

Numa diocese, o Seminário não é apenas mais uma casa ou mais uma instituição, ao lado de tantas outras. O Concílio Vaticano II diz que o Seminário é o coração da diocese.

A palavra “Seminário” tem a mesma raiz de “sementeira”: trata-se de educar aqueles que, por toda a sua vida, irão semear a fé no coração dos outros homens e mulheres e no coração das diferentes comunidades cristãs. É, de verdade, uma “sementeira” que não podemos deixar de cuidar, de acarinhar, para que dê fruto abundante.

Os quatro evangelhos são unânimes em afirmar que Jesus, ao iniciar a sua vida pública, se rodeou de um grupo de discípulos com quem partilhava atitudes, ensinamentos, palavras, vida… Aqueles discípulos que também o acompanharam nos dias de Páscoa da morte e ressurreição; aqueles discípulos que o abandonaram; aqueles discípulos sobre quem, 50 dias depois, desceu o Espírito Santo; aqueles discípulos que deixaram a sua terra para levar ao mundo o Evangelho, a Boa Notícia que é Jesus; aqueles discípulos que, com o seu sangue, deram testemunho da verdade da ressurreição. Esse grupo, essa comunidade de vida de Jesus com os Doze foi o primeiro seminário.

Por vezes dizem-nos que no Seminário se “aprende a dizer Missa”. Mas agora percebemos que não é apenas isso. Hoje, como há 2 mil anos, trata-se de aprender a ser um Bom Pastor como Jesus, a torná-lo presente, acessível, visível aos homens e mulheres do nosso tempo. O mesmo é dizer: trata-se de aprender a tornar presente o amor de Deus, o seu acolhimento e também a sua exigência e seriedade.

A vida cristã não pode viver ou, sequer, sobreviver sem um seminário, quer dizer: sem uma comunidade que forme sacerdotes segundo o coração de Jesus. 

Neste domingo, somos todos convidados a rezar ainda mais pelo nosso seminário: por aqueles rapazes que, deixando a sua casa, se dispuseram a aprender este modo de viver de Jesus, para depois o poderem tornar presente, de um modo vivo, sacramental, por toda a sua vida.