Portugueses acompanharam consistório que criou cardeal D. Tolentino Mendonça 

Fotos: Diocese do Funchal e Arlindo Homem

Diocese do Funchal ofereceu cruz peitoral ao cardeal madeirense

Foto: Diocese do Funchal

O Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, e os bispos eméritos D. Teodoro de Faria e D. António Carrilho benzeram a cruz peitoral em prata que D. Tolentino Mendonça usou no consistório em que foi criado cardeal.

D. José Tolentino Calaça Mendonça é o segundo cardeal da história da Diocese do Funchal e o 46º cardeal português. 

Na mensagem por ocasião da sua nomeação, o bispo do Funchal referiu que a escolha do Papa Francisco constituía uma honra para a diocese.  “Com efeito, trata-se de um filho da nossa diocese, que aqui deu os primeiros passos na vida cristã, aqui foi ordenado sacerdote e que agora se vê chamado a um dos serviços mais importantes da Igreja: o do aconselhamento próximo do Papa e da eleição dos seus sucessores”.

Cardeais portugueses apresentaram D. Tolentino Mendonça como referência cultural e espiritual

Foto: Arlindo Homem

O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, considerou que o novo cardeal português D. Tolentino Mendonça é uma referência para desenvolver a “vertente estética” da evangelização. “A beleza abre os corações”, afirmou esta manhã no Vaticano à agência Ecclesia.

Para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, “temos de ser criativos, não basta fazer apenas como fazíamos, nem basta irmos a locais longínquos, onde o Evangelho nunca foi anunciado”.

Reconhecendo que em Portugal “há muita gente para quem a fé já não é uma coisa viva”, D. Manuel Clemente falou da “vertente cultural da nova evangelização” que convida a Igreja Católica a apresentar o Evangelho com “toda a dimensão poética, literária, estética”.

O cardeal D. António Marto, considera que a criação cardinalícia de D. José Tolentino “é um momento de grande alegria, grande regozijo, para a Igreja em Portugal e para o país, porque é uma pessoa de referência, singular, quer ao nível cultural, pelo seu diálogo com a cultura, pela sua inserção no âmbito da literatura em Portugal”

Para o bispo de Leiria-Fátima, D. José Tolentino Mendonça é “uma pessoa de referência também no âmbito eclesial, pela sua reflexão teológica, espiritual”. Considerando que alguns dos seus livros “irão tornar-se clássicos de espiritualidade”.

Presidente da República realçou “personalidade ímpar” do novo cardeal português

O presidente da República Portuguesa considerou a criação cardinalícia de D. José Tolentino Mendonça um prestígio para Portugal. 

“Como escrevi no dia em que foi conhecida a escolha de D. José Tolentino Mendonça para Cardeal, essa honra traduz ‘o reconhecimento de uma personalidade ímpar, assim como da presença da Igreja Católica na nossa sociedade, o que muito prestigia Portugal’.

Marcelo Rebelo de Sousa, impossibilitado de participar no consistório, enviou ao novo cardeal “um cumprimento caloroso e amigo e os desejos de que continue a ser uma referência para tantos, católicos ou não, que lhe reconhecem o valor cultural e humano de quem é, como o próprio se definiu, ‘um facilitador de encontros’”.

Ministra da Justiça elogiou perfil de “pensador e construtor de pontes” de D. Tolentino

Foto: Arlindo Homem

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunen, exaltou o perfil de pensador do novo cardeal. “O cardeal Tolentino Mendonça não é apenas um católico, não é apenas um religioso, é alguém que pensa, é um pensador e é um construtor de pontes, quer do ponto de vista ecuménico, quer do ponto de vista do diálogo inter-religioso”.

Para esta ministra portuguesa este momento “enche de júbilo quer a Igreja e os católicos portugueses, quer as mulheres e homens amantes da justiça e da paz por este mundo”.

Miguel Albuquerque considerou cardeal madeirense “homem cosmopolita”

Foto: Arlindo Homem

“Ele é sobretudo um homem do mundo. É um português, mas é um homem do mundo pela sua dimensão intelectual, pela sua capacidade de encarar a cultura como uma fonte de comunhão e intercâmbio entre os povos. É um homem cosmopolita, do mundo e, por isso, é que é um homem da Madeira, que a Madeira está sempre aberta ao mundo”, afirmou o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.