O bispo do Funchal, D. Nuno Brás esteve na manhã desta terça-feira, dia 14 de maio, na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, para presidir a uma conferência no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Família, que teve como tema “o papel da família na construção de uma sociedade em constante mudança”.
Aos que o escutavam D. Nuno disse que “a família é o lugar onde aprendemos que somos seres únicos”, onde aprendemos “a ser pessoas”, “a deixar de ser egoístas” e onde aprendemos também que “precisamos uns dos outros”.
Depois de partilhar a realidade da sua família, em que era o único rapaz de quatro irmãos, com todas “as chatices” e “zangas” que daí advinham, o prelado frisou que, ainda assim, “não trocava, nem troco, a minha família”, precisamente porque “ela me ajudou a perceber o valor do outro, nas várias idades” e circunstâncias.
Além disso, prosseguiu, “quando todos os tapetes nos são tirados”, a família é a estrutura que “está lá para nos ajudar”, mesmo quando nós “estamos errados”.
Comissão para prevenir e vigiar abusos sexuais
À margem desta conferência, o bispo confirmou aos jornalistas que a Diocese do Funchal vai criar uma comissão para prevenir e vigiar os abusos sexuais na Igreja e “não só”.
A criação desta estrutura dá seguimento ao desejo do Papa de que se criem estruturas que vigiem e acolham todos os casos. Mas que promovam “sobretudo o fim dessas realidades” não apenas na Igreja, mas em toda a sociedade em geral.
Ainda sem data, porque o Santo Padre deu um ano para a criação destas comissões, D. Nuno Brás diz, no entanto que espera “fazê-lo em breve”.
