A poucas horas de se tornar oficialmente o 33º Bispo do Funchal, D. Nuno Brás ainda encontrou tempo para rever um “grupo de amigos”, que vieram do continente para a sua tomada de posse. O encontro informal decorreu na tarde deste sábado, no largo em frente ao adro da Sé, onde o grupo se foi juntando aguardando a chegada do prelado.
Na ocasião não faltaram os cumprimentos, as fotografias e sobretudo os “votos de felicidade” para esta nova missão, numa clara manifestação de carinho pelo bispo que os deixa fisicamente, mas que permanecerá nos corações e na memória de muitos.
Ao Jornal da Madeira, D. Nuno, visivelmente feliz com este reencontro, disse que se tratam “de amigos que vieram da Paróquia da Brandoa e que quiseram me acompanhar nesta hora”, acrescentando que “estou-lhes muito grato, porque é muito importante que nos acompanhem nas horas tristes, mas também muito importante que nos acompanhem nestas horas mais alegres e de ação de graças”.
Confrontado com as opiniões de alguns desses amigos que dizem que “ele vai fazer lá muita falta”, D. Nuno Brás reagiu dizendo que “é assim, é como Deus quer e estamos para o serviço onde Ele quer, sem estar a escolher. Mandaram-me para cá e eu venho com toda a disponibilidade e assim inteiro, para estar a cem por cento aqui na Madeira”.
Questionado se estava pronto para o grande dia que se avizinha, D. Nuno disse que “nunca estamos completamente prontos para estas ocasiões que nos ultrapassam e que são sempre maiores que nós, mas sim aquilo que pude estou”.
Homem bom e ótimo pastor
No meio do grupo de perto de 50 pessoas que aguardavam o novo prelado estavam vários sacerdotes, entre os quais o Pe. Sidónio Peixe, madeirense, natural da Raposeira, na Fajã da Ovelha, mas que se encontra a trabalhar no continente há mais de 50 anos.
Ao nosso jornal o sacerdote diz que fez “questão de vir à tomada de posse do Senhor D. Nuno”, porque achou que “seria justo fazê-lo”, face “à ajuda que ele sempre deu às duas paróquias onde tenho estado a trabalhar, concretamente a da Brandoa, onde estou há 40 anos, e a de Alfornelos onde trabalho há 30”.
Sobre o novo bispo do Funchal o Pe. Sidónio diz que “como pessoa é um homem bom e um ótimo pastor”. Assim sendo, entende que “as ovelhas da Diocese do Funchal estão bem confiadas”. Mostrar isso mesmo foi outro dos motivos que o trouxe à Ilha neste dia tão importante: “Eu também vim cá para isso mesmo: para mostrar às pessoas que ele lá em Lisboa era muito bem acolhido e acarinhado”. O Pe. Sidónio é um dos tais amigos que entende que D. Nuno “vai fazer lá falta, mas se calhar também fazia falta aos madeirenses”. Daí que Deus e o Papa o tenham escolhido para esta Missão de ser o pastor deste rebanho.
Recordar a terminar que a cerimónia de tomada de posse de D. Nuno Brás está agendada para as 16 horas deste domingo, na Sé do Funchal, a qual já se encontra devidamente engalanada para a ocasião.