Bispo do Funchal no inicio da atividade do CPM: “Casamento é uma graça para a vida” e deve ser preparado na fé

O Bispo agradeceu aos 40 casais que, espalhados pela ilha, ajudam aqueles que querem um matrimónio católico e desejou que outros mais se juntem a estes por todas as paróquias, porque ainda há jovens que casam sem ter acesso a estas preparações.

D. António Carrilho presidiu, ao fim da tarde deste sábado, à celebração de uma Eucaristia na igreja paroquial do Caniço, que assinalou o início da atividade do Centro de Preparação para o Matrimónio – CPM.

Logo no início da Eucaristia o bispo do Funchal sublinhou que a sua presença ali traduzia todo o seu apoio ao CPM e sobretudo a sua gratidão aos casais, à volta de 40 espalhados por vários pontos da ilha, que se “dedicam a um trabalho pastoral que é tão importante”, como este de preparar os jovens casais para o matrimónio. Por isso mesmo solicitou a alguém do grupo que dissesse umas palavras à assembleia, uma tarefa que ficou a cargo de Luís Cardoso. Este começou por agradecer a presença do Bispo, “sinal de que a Igreja da Madeira quer que os noivos procurem o CPM”, mas tem também um grande significado para “os casais que se disponibilizam para partilhar a sua experiência com os noivos que desejam contrair o matrimónio católico”.

Depois de reconhecer que muita coisa poderia ter sido feita de forma diferente no passado, e de referir que “foram necessárias alterações ao funcionamento, para irmos ao encontro das exigências e expetativas dos noivos que se apresentam hoje em dia”, Luís Cardoso sublinhou que a equipa a que está ligado “tem dado o que tem e o que não tem, para que o movimento cresça e se implante com alicerces fortes na nossa Diocese”.

Na homilia o prelado fez uma breve alusão às leituras do dia, a começar pela do Profeta Isaías para explicar que a falta de desânimo e de esperança que por vezes sentimos, pode ser contrariada se deixarmos Deus entrar na nossa vida e nos conduzir à Terra Prometida, porque “eu sou Deus e não há outro” e “fora de mim não há salvação”.

Em relação à segunda leitura, de São Paulo, o bispo do Funchal usou três palavras para a resumir: fé, esperança e a caridade. “Nós que estamos aqui poderíamos dizer: estas palavras são para nós. Que bom seria poder dizer assim: É também um elogio à nossa fé, à nossa caridade e à nossa esperança. De facto, queremos ânimo nas diversas circunstâncias da nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas paróquias, nos nossos grupos, nas nossas atividades. Queremo-nos alimentados na fé, no amor e na esperança”.

Paroquianos agradeceram os 5 anos do Pe. Rui à frente da paróquia

Reportando-se ao início da eucaristia, que foi liturgicamente animada pelo grupo coral da Catequese – a representar os mais pequeninos, porque as faixas etárias superiores já têm os seus animadores – o bispo prosseguiu lembrando que a sua presença ali era uma forma de tornar público o seu apoio “ao trabalho que tem vindo a ser feito por um grupo de pessoas de vários pontos da nossa Diocese, para ajudar os jovens que estão perto do casamento a prepararem-se para o matrimónio e para constituírem a sua família”. “Nós preparamo-nos para tantas coisas, disse, mas depois não nos preparamos para uma coisa tão importante como esta”, porque “o casamento é uma responsabilidade”, mas é também “uma graça muito grande, uma graça para a vida”.

Agradeceu, pois, aos casais “que procuram viver e dar testemunho da alegria do matrimónio e que se disponibilizam e procuram fazer o que podem para ajudar aqueles que estão próximos do casamento”. Uma responsabilidade que, salientou, “é também dos pais, que têm de preparar os filhos para as tarefas da vida de casados, dos grupos de jovens, da Pastoral Juvenil, porque não é só na véspera do casamento, com meia dúzia de encontros, que se faz a preparação”.

A terminar o prelado fez ainda uma alusão ao Dia Mundial das Missões, que hoje se celebra, e que motiva sempre uma mensagem do Santo padre e cujo tema este ano é “A missão no coração da fé cristã”. E temos de facto “Nós temos de anunciar e levar aos outros a fé que temos, porque isso faz parte do nosso ser cristão”.

De referir ainda que a Eucaristia de ontem serviu igualmente para os paroquianos prestarem uma singela homenagem ao Pe. Rui Pontes, que esteve a concelebrar juntamente com o Pe. Carlos Almada, pelos cinco anos que está frente da paróquia, pelo trabalho, empenho e dinamismo que lhe tem imprimido.

A celebração terminou com as fotos de “família”, não só dos 40 casais presentes, mas também com os meninos da catequese, que assistiram à missa e não dispensaram este momento com o seu bispo.