Vigário-Geral na missa dos 44 anos do hospital do Funchal: “O sofrimento é intolerável quando ninguém cuida”

A “cultura do cuidar das pessoas”, a partir das “famílias”, até aos “hospitais”, foi ontem defendida pelo cónego José Fiel de Sousa, durante uma missa campal que assinalou os 44 anos do Hospital dr. Nélio Mendonça, no Funchal. O vigário-geral da Diocese, em representação de D. António Carrilho, falou do “hospital” não como a “catedral do sofrimento”, mas como a “catedral do amor”.

“O sofrimento é intolerável quando ninguém cuida; o pior não é sofrer, o pior é sofrer sozinho”, disse na homilia. Na sua reflexão, lembrou ainda que “a ciência, a medicina e a economia não resolvem todos os problemas da humanidade”; a parte “técnica” não é a “solução” para tudo, a “pessoa humana é um mistério, sobretudo nos hospitais”, onde já existem os “cuidados paliativos” e os “cuidados intensivos”. O “cuidar”, explicou, é diferente do “tratar”, pois, é mais “empático” e “envolvente”.

“Quem cuida”, disse no final, “deixa-se tocar pelo sofrimento dos outros” e também se “humaniza”. Torna-se “um radar de alta sensibilidade”, além de ter uma oportunidade para “crescer em sabedoria e amor”.

Esta eucaristia, presidida pelo cónego José Fiel de Sousa, foi também celebrada pelo capelão hospitalar, padre Avelino Lopes; e contou com a presença das principais entidades oficiais ligadas à saúde, responsáveis hospitalares, entre outros.