Esclarecimento da Paróquia do Monte sobre o terreno junto ao Largo da Fonte

Na sequência de dúvidas levantadas acerca de quem seria o proprietário do terreno onde se encontrava a árvore que na passada terça-feira ceifou a vida a 13 pessoas e feriu outras 49, a Paróquia do Monte, através do advogado Ricardo Vieira, vem esclarecer que a Fábrica da Igreja Paroquial do Monte não é proprietária do mesmo.

Segundo a informação divulgada “foram a Paróquia de Nossa Senhora do Monte e a Diocese do Funchal surpreendidas com declarações e publicações que afirmam que a parcela de terreno onde estava plantado o carvalho drasticamente tombado no dia da padroeira, é da propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial do Monte.”

Na sequência dessa informação, “deve esclarecer-se que a parcela em questão não está registada, nem fiscalmente inscrita, nem referenciada no cadastro, a favor daquela entidade Paroquial e desde tempos imemoriais é de acesso livre e público a todas as pessoas. A Paróquia e a Diocese nunca foram alertadas nem notificadas por pessoas ou entidades para qualquer situação referente àquela parcela de terreno, nomeadamente a respeito dos cuidados a ter quanto às árvores aí existentes. Aos olhos da população, dos paroquianos, dos sucessivos responsáveis pela Paróquia e até de entidades públicas, a propriedade daquele terreno não é atribuída a qualquer pessoa colectiva canónica”.

Acresce, diz-se ainda no documento, que “sempre foram os serviços camarários que cuidaram do terreno.”

Já depois do trágico acidente, esclarece “a Câmara Municipal do Funchal deu a conhecer, inclusive a este gabinete jurídico, um conjunto de documentos extraídos de um processo judicial de há mais de 50 anos, onde a edilidade foi autora, que configura uma transação judicial. Naturalmente que esses documentos devem ser analisados com o rigor necessário e confrontados com outros documentos, deliberações camarárias e acordos estabelecidos para atestar da sua validade, âmbito e eficácia.”

“A Igreja da Madeira e a Paróquia do Monte tem como absoluta prioridade, neste momento o acolhimento, o apoio solidário e toda a sua vontade em ajudar os que perderam os seus familiares e estejam a sofrer por causa daquela tragédia.”, refere o esclarecimento.

A terminar é sublinhado que, “Sem que isso signifique qualquer fuga, abrandamento ou desvio das suas responsabilidades, a Diocese e a Paróquia procurarão certificar todo o conjunto de informações, depoimentos e documentos antes de proferir afirmações peremptórias sobre este assunto, nesta ocasião. A necessária análise e a averiguação técnica dos elementos existentes impõe essa atitude de responsabilidade e credibilidade.”.