Memória de Edith Stein ou Teresa Benedita da Cruz

9 de Agosto | Memória Liturgica

Filósofa, mística, religiosa carmelita (alemã) e co-padroeira da Europa, Edith Stein (1891-1942), morreu há 75 anos, no campo de concentração de Auschwitz (Polónia). Judia de nascimento, o seu coração e a sua alma ficaram marcados pela “ciência da Cruz” de Jesus Cristo, a ponto de optar pela conversão à Igreja Católica onde, após os estudos no Carmelo, seguindo Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz, passa a ser conhecida por Teresa Benedita da Cruz.

Apesar do seu novo estatuto como religiosa, não escapou à perseguição nazi durante a II Guerra Mundial e, no dia 9 de Agosto de 1942, foi conduzida à câmara de gás, repetindo pela última vez o que já tinha escrito antes: «Não sou nada e nada valho, mas… quero oferecer-me ao Coração de Jesus como vítima pela verdadeira paz”.

Edith Stein viria a ser beatificada por João Paulo II a 1 de maio de 1987, e no ano de 1998 foi canonizada pelo mesmo Papa, que na homilia realçou a íntima sintonia entre a “verdade” e o “amor” patentes na vida da Edith Stein ou Santa Teresa Benedita da Cruz.

“A busca da verdade e a sua tradução no amor não lhe pareciam ser contrastantes entre si; pelo contrário, compreendeu que estas se interpelam reciprocamente. No nosso tempo, a verdade é com frequência interpretada como a opinião da maioria. Além disso, é difundida a convicção de que se deve usar a verdade também contra o amor, ou vice-versa. Todavia, a verdade e o amor têm necessidade uma do outro. A Irmã Teresa Benedita é testemunha disto. «Mártir por amor», ela deu a vida pelos seus amigos e no amor não se fez superar por ninguém. Ao mesmo tempo, procurou com todo o seu ser a verdade, da qual escrevia: «Nenhuma obra espiritual vem ao mundo sem grandes sofrimentos. Ela desafia sempre o homem inteiro».

A Irmã Teresa Benedita da Cruz diz a todos nós: Não aceiteis como verdade nada que seja isento de amor. E não aceiteis como amor nada que seja isento de verdade!”