Bispo presidiu à festa de São João de Deus apelando ao “encontro que cura”

Foto: Duarte Gomes

D. Nuno Brás presidiu esta sexta-feira, dia 8 de março, à Eucaristia que assinalou a festa litúrgica de São João de Deus.

Na homilia desta celebração, que teve lugar na capela da Casa de Saúde de São João de Deus, o prelado lembrou que “a vida de São João de Deus foi sempre este encontrar o próximo”, os mais pobres dos pobres, mas também com os ricos que ajudaram a sua obra.

Nós, continuou, também lhe devemos seguir o exemplo, “deixando-nos interrogar sobre o que acontecerá a este homem, esta mulher, se eu não me aproximar” se não houver “este encontro que cura”.

De resto, “é este encontro que dá sentido à vida”, é este encontro que está no início da vida de qualquer cristão, porque “lhe dá um novo sentido, um novo modo de ser de viver”.

O mesmo encontro que, “transformou a vida de São João de Deus, quando ele encontrou aquele Menino Jesus que lhe disse «Granada será a tua Cruz»”.

Daí o apelo para que “o Senhor nos dê esta graça do encontro, de encontrarmos a Ele, o bom Samaritano da humanidade, e a graça de nos questionarmos sobre o que nos vai acontecer se nós não nos aproximarmos d´Ele”. Só assim deixaremos de, como tanta gente, andar perdidos, como São João de Deus andava, sem saber o que fazer da vida.

Nesta celebração, em que marcaram presença várias entidades, nomeadamente o presidente da Assembleia Legislativa, o presidente da Câmara, coube ao irmão Luís dar as boas vindas aos presentes e explicar que este é um dia importante para comunidade, em que se recorda este Santo Português nos 440 centros, onde colaboram com os Irmãos de São João de Deus 7 mil colaboradores e 23 mil voluntários.

A Casa de Saúde São João de Deus do Funchal é um desses locais e tem, presentemente, 322 doentes internados: 30 utentes a fazer o programa do tratamento álcool; 24 nos Cuidados Continuados gerais e integrados; 12 utentes com drogas – NSP – novas substâncias psicoativas; 45 doentes com doença mental aguda – esquizofrenias, depressão, distúrbios de personalidade e 200 utentes com natureza psicogeriátrica, paliativos, doença mental crónica, doentes inimputáveis perigosos.

Esta instituição acolhe ainda, para tratamento especializado, todos os utentes enviados pelo Serviço Regional de Saúde e não há lista de espera para qualquer programa em execução, tem 200 colaboradores, 50% com formação superior, entre licenciados, mestrados/doutorados.