Atualização dos Leigos: D. Nuno fala sobre o Crisma afirmando que este Sacramento leva o Batismo à perfeição

Foto: Duarte Gomes

“Crisma, Sacramento do Espírito” foi o tema do último dia das Jornadas de Atualização dos Leigos e Consagrados. O orador foi D. Nuno Brás que lembrou, entre muitos outros aspetos, que “o Crisma leva o Batismo à perfeição”. já que é através do crisma que “recebemos o selo do Senhor”.

E este, vincou, é um aspeto que não interessa apenas aos catequistas ou aos que vão ser crismados, mas interessa a “ todos nós porque nós não fomos crismados, nós somos crismados”.

Depois de explicar o que é um sacramento, D. Nuno frisou que no caso do Crisma ele representa o Mistério Pascal que se torna presente na vida de um cristão, na vida da Igreja”.

O prelado lembrou ainda que “Jesus é aquele que desde sempre acolhe o Espírito” e que ao partilhar o Espírito com os apóstolos e hoje também connosco nos torna membros do corpo de Cristo, isto é, “aquilo que Jesus vive, passamos nós a viver também”.

Nos primeiros séculos da Igreja, explicou, o Batismo e o Crisma, considerados os sacramentos de iniciação cristã, aconteciam numa celebração única”.

Mais tarde, “quando o cristianismo saiu da cidade e passou para as aldeias”, passam a ser duas as celebrações, isto porque na impossibilidade de ser o bispo a batizar tem de haver a confirmação por parte deste, para nos tornarmos “adultos na fé”.

Unção da consagração para a missão

Hoje, para além de ser “uma tradição unânime da Igreja”, o Crisma é “a unção da consagração para a missão” dada por Deus através do bispo, que representa a diocese, a Igreja particular e universal e não apenas aquela comunidade paroquial.

D. Nuno Brás apontou depois alguns pontos importantes e a ter em conta por quem é crismado. O primeiro foi que o Crisma é a plenitude do Dom do Espírito”, interior e exteriormente.

O segundo é a dimensão profética para a proclamação, para o anúncio da fé que o crisma significa e a plenitude do sacerdócio batismal, que nos torna sacerdotes a partir do batismo, cristãos unidos na Igreja, porque, vincou “não há cristãos por conta própria”.

Outro ponto é que os crismados são responsáveis pela Igreja, com a missão de olhar para a comunidade que, por seu lado tem a obrigação de os escutar, e são também responsáveis pelo mundo, partilhando o perfume dos ungidos.

Por outro lado, frisou D. Nuno, “a preparação para o Crisma deve ser colocada na dimensão e na perspetiva da vocação”, seja ela à vida, à amizade com Ele, à santidade, à vida religiosa e à vida sacerdotal.

Depois de um período destinado a perguntas, coube ao Pe. Carlos Almada, responsável pelo COD – Comité Organizador Diocesano, usar da palavra para fazer um ponto de situação das JMJ, relativamente às inscrições a alguns números.

Falou também das pré-jornadas ou Dias na Diocese, que vão decorrer de 26 e 31 de julho também no Funchal e que vão trazer até nós pelo menos 400 jovens de vários pontos do mundo, explicando e apelando a que as famílias madeirenses abram a porta da sua casa a pelo menos dois jovens, que só necessitam de ser acolhidos, de um lugar para pernoitar e tomar o pequeno almoço.

Quanto a números, nomeadamente dos que querem ir, “temos 191 que já pagaram a inscrição e mais de 500 que ainda não o fizeram e que por isso não se podem considerar inscritos”.