D. Nuno Brás lembra aos catequistas que o que têm de transmitir é Jesus Cristo

Foto: Duarte Gomes

A terminar o Dia Diocesano do Catequista que juntou esta terça-feira, dia 5 de outubro, na Paróquia do Caniçal largas dezenas de catequistas de várias paróquias da diocese, teve lugar uma Eucaristia, presidida pelo bispo do Funchal e concelebrada por vários sacerdotes.

Na sua homilia D. Nuno Brás lembrou à assembleia as vezes em que agimos como Jonas, de que nos falava a primeira leitura, e não obedecemos à vontade de  Deus. No entanto Nínive, a cidade onde Jonas devia pregar aquilo que o Senhor lhe mandava, converteu-se. 

Essa realidade, explicou o prelado, mostra-nos que nada dependia de Jonas ou da sua eficácia, mas da palavra de Deus. Transpondo esta ideia para a atualidade, o que se passa é que “nós muitas vezes olhamos para a realidade dos nossos grupos de catequese, para as nossas paróquias e dizemos: não é possível”. Mas isso não é verdade. “apesar dos maus profetas, que nós somos tantas vezes, apesar de tantas vezes não termos vontade, de desistirmos é possível”.

Para que consigamos levar por diante a missão, dizia-nos o Evangelho, “uma só coisa é necessária”, disse o prelado. Estava a ouvir a Dr. Cristina a falar e ela disse, logo no início uma coisa que é essencial e que vem no diretório: “Jesus revelador e revelação do Pai”. Isto significa, prosseguiu, “que Jesus diz coisas acerca do Pai, que Jesus ao seu modo de agir mostra quem é o Pai e que em tudo aquilo que Ele é mostra o Pai”.

Por outras palavras, “é em Jesus que nós vamos à procura daquilo que dizemos acerca do Pai. Ele é o revelador do Pai e revelação do Pai. E o que Deus tem para dizer ao mundo, o conteúdo que Deus quer que nós conheçamos e vivamos, não é uma ideia, mas uma pessoa: Jesus Cristo”.

Transmitir Jesus Cristo

Aquilo que nós somos como cristãos, frisou, “resume-se nisto: Jesus Cristo”. Logo, prosseguiu, “aquilo que nós temos de transmitir às crianças e aos adolescentes e aos jovens do nosso grupo é Jesus Cristo, tudo o resto ou se encaixa aqui ou está a mais”.

É com isso e apenas isso que nos temos de nos preocupar e não sermos como a Marta, de que nos falava o Evangelho, que andava atarefada com tanta coisa. “Nós parecemos tantas vezes Martas atarefadas, para trás e para a frente a fazer isto e aquele outro quando uma só coisa é necessária”.

Daí o apelo aos catequistas para que “gravem isto na vossa memória e no vosso coração” e para que se “deixem encontrar por Jesus Cristo verdadeiramente”, Ele que “anda tantas vezes por aí à nossa procura e nós a fugirmos dele, distraídos com tanta coisa para fazer”.

Num momento de silêncio o bispo do Funchal pediu aos catequistas para que peçam ao Senhor que Ele nos ajude verdadeiramente a ter os olhos abertos, os do corpo e os da fé, a ter o coração disponível e nos ajude a encontra-Lo e a fazer com que muitos, o possam também encontrar”.

No final da celebração, coube ao Pe. Héctor Figueira, em nome do departamento da catequese e do Secretariado Diocesano da Educação Cristã, agradecer ao bispo diocesano pelo apoio a esta iniciativa e a todos quantos tornaram possível este encontro na paróquia do Caniçal. Agradeceu ainda ao artesão que este ano fez as recordações (um pequeno gaiado seco em pedra), entregues a um representante de cada paróquia, algumas das quais tiveram também direito a diplomas relativos a formações frequentadas.

Diretório e sínodo temas das conferências

Os trabalhos deste Dia Diocesano do Catequista, iniciaram-se pelas 9 horas com o acolhimento. Seguiu-se pelas 9:30 horas a abertura e oração e pelas 9:45 horas a primeira intervenção da Dr.ª Cristina Sá Carvalho, com quem o Jornal da Madeira esteve à conversa precisamente sobre o Novo Diretório para a Catequese, diálogo esse que será publicado brevemente.

Após uma pausa, seguiu-se uma breve intervenção do Pe. Carlos Almada para falar das próximas Jornadas Mundiais da Juventude, que vão ter lugar de 1 a 6 de agosto de 2023, do trabalho que o Comité Organizador Diocesano tem feito no sentido de preparar essas mesmas jornadas e para pedir aos catequistas que estejam atentos às informações e mensagens que os párocos forem passando sobre este assunto. É também possivel seguir as informações que vão sendo publicadas no site  www.lisboa2023.org e aquirir todo o merchandizing, nomeadamente camisolas, relativo a estas jornadas no dito site ou na própria Diocese do Funchal.

Logo depois seguiu-se nova intervenção por parte da oradora convidada, que desta vez falou sobre o Sínodo dos Bispos que vai acontecer em outubro de 2023, cujo percurso terá três etapas: uma fase diocesana; outra continental, que dará vida a dois instrumentos de trabalho diferentes distintos, antes da fase definitiva, ao nível da Igreja universal.

Recorde-se que o Sínodo de 2023, convocada pelo Papa Francisco, tem como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.